Trabalhadores morrem em incêndio na India

Um edifício de oito andares que tinha cinco unidades de confecção em Dacca, Bangladesh, desabou no dia 
24 de abril. As últimas noticias referem 922 mortos até o momento.

Quase  3 mil pessoas trabalhavam no local. Segundo os investigadores, as vibrações provocadas por quatro enormes geradores de energia elétrica instalados nos andares superiores provocaram o desastre.

A polícia de Bangladesh prendeu 12 pessoas, incluindo o proprietário do edifício e quatro pessoas responsáveis pelas fábricas, por terem forçados os trabalhadores a permanecer no local apesar das rachaduras constatadas no imóvel um dia antes da tragédia, e alertadas pelos trabalhadores.

 Bangladesh anunciou nesta quarta-feira(8/05/13) o fechamento de fábricas do setor têxtil por razões de segurança, duas semanas após o desabamento. 

Mais de 3.000 trabalhadores estavam em seus postos quando o Rana Plaza, localizado cerca de 30 km de Daca, ruiu como um castelo de cartas.Cerca de 150 corpos foram encontrados nas escadas do prédio. Alguns trabalhadores tentaram fugir de onde estavam. Mas o Rana Plaza desabou em cinco minutos, tornando inútil qualquer tentativa de fuga.
Bangladesh já havia anunciado o reforço das medidas de segurança após um incêndio em uma fábrica de roupas perto de Daca em novembro, que causou 111 mortes. Mas as inspeções foram consideradas insuficientes para se traduzirem em melhoras significativas nas condições de segurança deploráveis neste setor industrial.
Este drama revelou as condições subumanas dos trabalhadores do setor têxtil, o pilar da economia de Bangladesh, onde os trabalhadores, por vezes, recebem menos de 30 dólares por mês.

Bangladesh é o segundo maior exportador de produtos têxteis do mundo, depois da China. Esta indústria é responsável por mais de 40% da força de trabalho no país e 80% das suas exportações.
Temendo que as marcas ocidentais abandonem os fornecedores de Bangladesh, o governo anunciou  a criação de uma nova comissão de inquérito para inspecionar cerca de 4.500 fábricas têxteis em busca de quaisquer defeitos de construção. O ministro da Indústria Têxtil foi nomeado chefe da comissão.
 

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