Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Os Intercessores e Patronos da JMJ Rio 2013
Confiando às mãos de Nossa Senhora, Dom Orani divulga nomes
RIO DE JANEIRO, terça-feira, 29 de maio de 2012(ZENIT.org)- Milhares de fiéis compareceram ao Santuário de Nossa Senhora da Penha no domingo, 27 de maio, para o tradicional encerramento do mês dedicado à Maria, realizado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. O Arcebispo, Dom Orani João Tempesta, participou da procissão junto aos fiéis e presidiu a Missa Solene.
A Eucaristia terminou com a subida da escadaria da Penha onde foram divulgados os intercessores e patronos da JMJ RIO2013. “Quisemos assim fazê-lo, confiando às mãos de Maria a JMJ, disse Dom Orani Tempesta.
Esses patronos e intercessores são pessoas que se deixaram conduzir pela ação do Espírito Santo e que devem ser sinais, para todos nós e para a juventude, de que é possível viver a santidade fazendo o bem, trabalhando pelo social, testemunhando o Senhor e sendo feliz. (...) Colocamos nas mãos de Deus, sob a intercessão de Maria e de todos os patronos e intercessores da JMJ RIO2013, todos os jovens do mundo e aqueles que virão ao Brasil no próximo ano, afirmou o Arcebispo.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, protetora da Igreja e das famílias; São Sebastião, Soldado e mártir da fé; Santo Antônio de Santana Galvão, arauto da paz e da caridade; Santa Teresa de Lisieux, padroeira das missões; e Beato João Paulo II, amigo dos jovens, são os cinco Patronos da JMJ RIO2013. Eles são os pais espirituais da juventude, lhe ensinando, como verdadeiros mestres, o caminho para a santidade.
Dentre os intercessores escolhidos estão homens e mulheres que, mesmo na juventude, souberam escolher a melhor parte em suas vidas: Jesus Cristo. A história de cada um inspira a todos a cultivar suas virtudes e, além disso, atesta para todos que a santidade na vida concreta é possível. São eles:
Santa Rosa de Lima, fiel à vontade de Deus; Santa Teresa de Los Andes, contemplativa de Cristo; Beata Laura Vicuña, mártir da pureza; Beato José de Anchieta, apóstolo do Brasil; Beata Albertina Berkenbrock, virtuosa nos valores evangélicos; Beata Chiara Luce Badano, toda entregue a Jesus; Beata Irmã Dulce, embaixadora da Caridade; Beato Adílio Daronch, amigo de Cristo; Beato Pier Giogio Frassati, amor ardente aos pobres e à Igreja; Beato Isidoro Bakanja, mártir do escapulário; Beato Ozanam, servidor dos mais pobres; São Jorge, combatente do Mal; Santos André Kim e companheiros, mártires da evangelização.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Homens e Mulheres de Fé


Espanha:Preparativos para o Doutorado de São João de Ávila
Bispo de Córdoba explica os planos da Diocese
CÓRDOBA, terça-feira, 29 de maio de 2012(ZENIT.org) – Durante a tradicional oração do Regina Caeli , dia 27 de maio, solenidade de Pentecostes, Bento XVI anunciou a data da proclamação de São João de Ávila como Doutor da Igreja. Todas as Dioceses de Córdoba celebram com alegria o anuncio desta data, 07 de outubro. Assim afirmou o Bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández, esta manhã, durante uma coletiva de imprensa: “para as Dioceses de Córdoba este acontecimento é uma imensa alegria”.
Em seguida, o Bispo explicou o significado do doutorado deste clérigo cordobés, pelo qual “a Igreja reconhece sua santidade, seu exemplo de vida cristã e sua eminente doutrina que se destaca no firmamento da Igreja universal”. Destaca-se também a importância da figura de São João de Ávila como mestre de santos e influência universal no campo espiritual, cultural e evangelizador.
A proclamação de São João de Ávila como Doutor junto com santa Ildegarda de Bingen, irá coincidir com o início da Assembléia do Sínodo dos Bispos conforme anunciado pelo Santo Padre durante a recitação do Regina Caeli, no dia de Pentecostes.
Como evento precedente, o Bispo anunciou que entre junho e julho será declarado Santuário de São João de Ávila, a antiga igreja da Encarnação de Montilla, como basílica pontifícia menor. E após a proclamação do doutorado, será aberto em Montilla o Ano Jubilar que levará a visita de milhares de peregrinos.
Além disso, o reitor do Santuário, Joseph Almedina, sublinhou que desde o início da fundação do Centro Diocesano de São João de Ávila, em 2010 Montilla vem sendo preparada adequadamente para acomodar os peregrinos que vêm ao túmulo do Santo Mestre. “Queremos que Montilla seja o epicentro de toda relação com São João de Ávila, pois esta é a sua Diocese e aqui está o seu túmulo", afirmou.
Após cerca de nove meses de espera desde que Bento XVI notificou este grande evento durante a Jornada Mundial da Juventude em Madrid, Córdoba e os fiéis estão se preparando para participar da celebração. Neste sentido, o secretário diocesano de peregrinações, Carlos Linares informou sobre a preparação da peregrinação diocesana a Roma de5 a8 de Outubro, para participar dos eventos previstos: vigília preparatória, a cerimônia de proclamação de doutor San João de Ávila e da Missa em ação de graças.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

A plenitude da alegria na redescoberta do sentido da dor
50º aniversário da morte do Venerável Giacomo Gaglione
Eugenio Fizzotti
ROMA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Despertou grande interesse a proposta de dom Pietro Farina, bispo de Caserta, de participar em uma série de eventos em homenagem ao Venerável Giacomo Gaglione, cujo 50º aniversário de morte aconteceu neste 28 de maio.
Nascido em Caserta em 20 de julho de 1896 em uma família ilustre, numerosa e católica, ele recebeu excelente educação humana e cristã. Em 1912, quando estudava Direito, sentiu os primeiros sintomas de uma terrível poliartrite que, apesar dos cuidados tomados, progrediu implacável e lhe paralisou os membros, com exceção das mãos e dos olhos.
Durante um encontro com o padre Pio de Pietrelcina, em 1919, ele demonstrou a sua vontade de aceitar a doença física, e, inscrito em 15 agosto de 1921 na Ordem Terceira Franciscana, quis compartilhar a experiência da graça que Deus lhe tinha revelado através da dor, amadurecendo lentamente a ideia de fundar o Apostolado do Sofrimento para ajudar os enfermos com deficiências graves e incapacidade de movimento.
Uma declaração de Gaglione, citada por dom Angelo Amato, hoje cardeal prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, no decreto de 3 de abril de 2009 em que foi declarado "venerável", sublinhava que "estamos a serviço de Deus, fazemos parte do exército heróico que não conhece derrota. Quem nos chamou foi o Amor, quem nos guia é só o amor, é o amor que está constantemente pensando em nós".
Para agradecer ao Senhor pelo dom da santidade profusamente semeada no coração de Giacomo Gaglione, a Biblioteca do Seminário Episcopal de Caserta sediou na última sexta-feira, 25 de maio, uma conferência intitulada "A plenitude da alegria na redescoberta do sentido da dor", em que vários aspectos da religiosidade profunda de Gaglione foram analisados por cinco relatores, Adolfo Lippi, Eugene Fizzotti, Luciano Lotti, Antonio Di Nardo e Armando Aufiero, sob a coordenação de Enzo Romeo, vaticanista e editor do telejornal Tg2. No encerramento, dom Pietro Farina, bispo de Caserta, evidenciou a necessidade extraordinária não só de se divulgar a história de Giacomo Gaglione, mas de resgatar e difundir pastoralmente o seu compromisso pessoal no acompanhamento dos doentes.
Apesar das décadas de paralisia, ele viveu com grande sinceridade o dom da sabedoria, o dom da ciência, o dom do conselho, o dom da inteligência, o dom da piedade, o dom da fortaleza e o dom do temor de Deus, conforme foi lembrado pela introdução extraordinária de dom Pietro Farina durante a vigília na catedral de Caserta, na noite de sábado (26). Gaglione foi reconhecido pelos presentes como um mensageiro da vida, testemunha entusiasta da força da santidade, um animador de um projeto comunitário que ele divulgou por toda a Itália, corajosamente, no periódico criado por ele próprio, o "Hóstias no mundo".
Também muito valorizada foi a participação de um grande grupo de enfermos na celebração eucarística do domingo, 27, na paróquia de Santo André Apóstolo, em Caserta, onde se acha o túmulo de Giacomo Gaglione, e durante a qual o postulador da causa de beatificação e canonização, Antonio Di Nardo,destacou a profunda espiritualidade do venerável, convidando todos a reconhecerem a sua originalidade e a tomá-la como seu modo próprio de viver a experiência cristã.
Na mesma paróquia, na noite de segunda-feira, 28, data do 50º aniversário da morte do venerável, o bispo de Caserta presidiu uma vigília de oração com adoração eucarística silenciosa, em que se agradeceu ao Senhor por ter enviado um duradouro raio de sol à terra através de Giacomo Gaglione, a fim de promover um estilo de vida que testemunha a plena glória do amor, da solidariedade e da misericórdia.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Observatório Jurídico


Não se pode dar a César o que é de Deus
Reflexões do Procurador Regional da República, Paulo Vasconcelos Jacobina
BRASILIA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir mais uma contribuição do Procurador Regional da República, Paulo Vasconcelos Jacobina, enviada para os leitores de ZENIT.
***
Paulo Vasconcelos Jacobina
Há uma fala de Jesus que é bastante utilizada em meios agnósticos para calar a voz dos cristãos nos grandes debates públicos. Trata-se da passagem de Mc 12, 17 (e paralelo em Mt 22, 21), em que Jesus ensina que se deve dar “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Assim, afirmam eles, nós cristãos deveríamos cuidar das coisas de Deus, e deixar as coisas estatais para os sem religião, dispostos a dar a César o que é de César. Obedecendo a esta fala de Jesus, segundo eles, deveríamos evitar colocar nossas posições em assuntos como aborto, eutanásia, suicídio assistido, casamento entre pessoas do mesmo sexo, uso de entorpecentes e outros do mesmo tipo; nossas “convicções religiosas” sobre tais assuntos deveriam limitar-se a que nós próprios, como indivíduos, não praticássemos tais coisas em nossas vidas, mas jamais que impuséssemos àqueles que nelas acreditam e desejam praticá-las, que não o pudessem fazer em nome de convicções religiosas que eles não compartilham.
O curioso é ver, neste debate, a Bíblia sendo citada por quem nela não crê, para fundamentar um silenciamento de quem nela crê. E sendo citada, muitas vezes, por agentes estatais, mesmo por Ministros de Cortes judiciais elevadas, como a estabelecer uma espécie de “hermenêutica oficial” para este trecho bíblico. Poder-se-ia dizer que compreenderam de modo completamente errado esta passagem. Mas pouco adiantaria: em certos meios agnósticos, a Bíblia somente pode ser citada quando supostamente desmente os que nela creem.
Note-se, porém, que qualquer leitura um pouco mais atenta deste trecho demonstra exatamente o contrário do que se quer fazer crer: Jesus determina que se devolvam as moedas a César, porque têm a imagem de César. Mas reclama que se dê a Deus aquilo que a Deus pertence: o ser humano, feito à imagem do Altíssimo. Vale dizer: se as moedas pertencem a César, porque têm a imagem de César, é justo que se deem moedas a César. Mas as pessoas têm em si a imagem de Deus. Pertencem, portanto, essencialmente a Deus, e não a César. Assim, se César tem a legitimidade para  exigir lealdade e obediência quanto às realidades econômicas e temporais, somente Deus pode reclamar a totalidade existencial do homem.
Não é acidental, porém, que aqueles que desejam silenciar os cristãos citem exatamente este trecho. Trata-se de uma afirmação única na história das religiões: para os cristãos, a partir desta fala de Jesus, existe, de fato, um Deus pessoal e transcendente, para quem a pessoa está existencialmente orientada, e ao qual deve aquilo que ao poder estatal não é lícito exigir: o seu fim último.
Uso, aqui, a palavra “fim” no sentido mais abrangente possível: como origem e destino, a interioridade e a integridade pessoal pertencem somente ao Deus pessoal, amoroso e criador, que transcende o ordenamento estatal e o relativiza, dando-lhe a dimensão adequada: cabe a tal ordenamento o regramento das coisas que passam, e apenas quanto a elas o Estado é legítimo.
Somente no contexto cristão, portanto, foi possível construir uma doutrina de “separação” (melhor diríamos, de relativa autonomia) entre a esfera transcendente, que reclama as dimensões mais integrais da pessoa, e a esfera imanente, histórica, temporal, econômica e passageira, que as realidades estatais têm legitimidade própria para disciplinar – respeitando aquela. César não pode exigir que a pessoa deixe de trazer em si a imagem de Deus. Ainda que esta pessoa nem sequer saiba que a traz.
Nenhuma outra religião, nenhuma outra filosofia, nenhuma outra doutrina desenvolveu esta intuição antes de Jesus a expressar. Ela é originariamente cristã. Ainda que hoje ela tenha sido distorcida e seja usada, muitas vezes, para calar o cristianismo e os cristãos, afastando-os do debate público.
No entanto, fora do mundo cristão a autonomia das esferas é um problema que nem sequer se colocou. No oriente, ainda temos imperadores divinos e Estados totalitários que exigem da pessoa uma lealdade integral e finalística. No mundo muçulmano, embora haja uma história de tolerância e de convivência, sempre se teve muita dificuldade para articular o poder estatal com a onipotência e a submissão exigidas a partir da sua peculiar relação com Deus. No mundo judaico não é diferente: sua estrutura religiosa os conservou como estrangeiros em todas as ordens jurídicas pelas quais passaram, exatamente pela dificuldade de articular a organização temporal com a lealdade ao Deus nacional. Dos estados materialistas nem se precisa falar: são devoradores implacáveis de vidas humanas, demandadores de uma lealdade completamente idólatra. Os exemplos poderiam prosseguir, sem que alguém, fora ou antes do cristianismo, atinasse com a ideia de que a relação da pessoa com Deus e a pertença a seu povo pudesse articular-se com a cidadania num ordenamento estatal autônomo e não salvífico em si mesmo.
Todos os temas polêmicos dos quais querem excluir os cristãos, inclusive mediante a citação distorcida da palavra de Jesus, são temas com forte conotação social e com graves argumentos de âmbito científico, filosófico e ético contra si. Sua rejeição não se encontra no plano das escolhas individuais, nem a sua regulamentação legal envolve apenas questões de fé. Não há situação mais claramente política do que a discussão sobre os limites e as condições em que, num determinado Estado, vidas inocentes podem ser suprimidas ou a sanidade física e mental pode ser descartada.
No entanto, é preciso registrar: os cristãos têm feito a defesa tranquila e racional da vida e da liberdade da pessoa humana, contra a cultura da morte, do aborto, da eutanásia, do suicídio, da promiscuidade e da adição química, com base em argumentos éticos, naturais, filosóficos e científicos, guiados, é claro, por uma opção fundamental por Deus e pela plenitude da vida que Ele nos deu. Surpreende-nos, nos debates, ver os argumentos religiosos sendo utilizados – e mal utilizados - exatamente contra os de fé religiosa, e exatamente pelos que alegam não aceitá-los.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Familia e Vida


Protegidos os direitos dos nascituros: a Lei 40 está salva na Itália
Corte italiana se pronuncia sobre a fecundação heteróloga
Ada Urbani, senadora do PdL
ROMA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A decisão da Corte Europeia de 3 de novembro do ano passado apontou que a vida começa na concepção e, portanto, convidou os cidadãos a uma campanha contra o aborto.
O pronunciamento da Corte Constitucional em 22 de maio, sobre a legalidade da proibição da fecundação heteróloga, não deixa margem para dúvidas: a Lei 40/2004 não violou a Constituição, e impedir por lei a fertilização in vitro heteróloga não é uma violação da Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Cabaré aos tribunais, que apresentaram a questão da legitimidade constitucional, aplicar [aquela que na Itália é conhecida como] a Lei 40.
Creio que agora podemos considerar definitivamente encerradas as tentativas de revogar uma lei que provocou importante confronto no parlamento e no país, desejada por um governo e por uma maioria que julga razoável a procriação medicamente assistida só quando não há outros métodos eficazes de tratamento para eliminar as causas da esterilidade ou da infertilidade.
Permanece em vigor, portanto, a lei 40/2004 e, com ela, ficam proibidas a clonagem humana e a fecundação heteróloga, aquela que acontece quando o doador é externo ao casal. Também continuam proibidas a experimentação com embriões humanos e quaisquer formas de seleção eugênica de embriões.
A sentença da Corte Constitucional é um pequeno lampejo de luz numa hora em que a noite dos valores e a crise da nossa sociedade parecem mais escuras.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

A família no coração da sociedade e da vida cristã
A Escolha da Família, novo livro do Secretário do Pontifício Conselho para a Família, Dom Jean Laffitte
Por Pe. Rafael Cerqueira Fornasier*
BRASILIA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Em 1971, o psiquiatra sul-africano David G. Cooper preconizava a morte da família no seu livro The Death of The Family (A morte da Família). Num outro sentido, o Secretário do Pontifício Conselho para a Família, Dom Jean Laffitte, próximo colaborador do Papa e especialista nas questões de família, lançou recentemente, em várias línguas, um livro intitulado “A Escolha da Família”.  Com apresentação de Dom João Caros Petrini, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família da CNBB, este livro, redigido em forma de entrevista, também acaba de ser publicado no Brasil, abordando assuntos de atualidade sobre a família e de interesse para todos os que desejam aprofundá-los.
Com efeito, o título deste livro é bastante sugestivo, pois, embora o dado “família” seja incontestável para grandes antropólogos, como Levi Strauss, sua concretização requer uma real escolha livre; e isto em um duplo sentido: constituir uma família é escolha daqueles que a compõem, a começar pelos cônjuges, que, quando jovens, decidem-se preparar para se unir em matrimônio e se abrir natural e espiritualmente à vida; por outro lado, a família escolhida torna-se sujeito de escolhas que a permitirão desenvolver-se, subsistir dignamente e proporcionarão o crescimento e o amadurecimento humano e espiritual de seus membros, a fim de que assim se tornem plenamente pessoas.
A escolha da família, que persiste “no coração da sociedade e da vida cristã” como experiência elementar do ser humano, abarca múltiplos elementos desenvolvidos por Dom Jean Laffitte de modo acessível e objetivo neste livro: experiência familiar, preparação para o matrimônio, fidelidade, doação para a vida, comunhão, educação dos filhos, relação entre as gerações, promoção e cuidado com a vida, e tantos outros aspectos que fazem da família não só esta realidade entre o público e o privado, como diz o sociólogo Pierpaolo Donati, mas também o lugar próprio da realização do humanum.
O obra pode ser adquirida no Secretariado Nacional da Pastoral Familiar pelo telefone (61) 3443-2900 ou pelo e-mail: secren@cnpf.org.br
*Pe. Rafael Cerqueira Fornasier é sacerdote da Arquidiocese de Niterói, membro da Comunidade Emanuel, mestre em Antropologia Teológica e assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família da CNBB.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Mundo


Em memória de dom Luigi Padovese
Dois eventos em Roma homenageiam o frade capuchinho morto na Turquia em 2010
ROMA, terça-feira, 29 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Em 3 de junho de 2010 foi morto na Turquia, de uma forma que pode ser qualificada como ódio contra a fé, o frade capuchinho, professor e bispo dom Luigi Padovese, Vigário Apostólico da Anatólia. Dois anos após a morte, o aniversário será recordado em vários lugares com celebrações e encontros.
Na sexta-feira, 1º de junho, no Mosteiro de Santa Clara de Camerino, ele será lembrado com uma santa missa às 18h. Esta mesma comunidade de clarissas recebeu uma carta do frade, quase um testamento, pouco antes da sua morte.
No domingo, 3, data que coincide com a da morte do beato João XXIII, ele próprio também bispo na Turquia durante uma década, a homenagem será no Santuário Antoniano dos Protomártires Franciscanos de Terni, com uma santa missa celebrada pelo padre Paolo Martinelli, OFM Cap, colega, colaborador e sucessor de dom Luigi Padovese e autor do livro Dom Luigi Padovese, um homem de comunhão (Ed. Velar, Gorle 2011).
Na terça-feira, 5, o Instituto Franciscano de Espiritualidade (IFS) propõe dois eventos significativos:
- Na Pontifícia Universidade Antonianum, será o apresentado do livro de dom Luigi Padovese A verdade no amor. Homilias e escritos pastorais (2004-2010), com prefácio do cardeal Angelo Scola (Edizioni Terra Santa, Milão 2012). Os palestrantes serão o profº Priamo Etzi, OFM, reitor da PUA; o pe. Raffaele della Torre, OFM Cap, ministro provincial dos frades menores capuchinhos da Lombardia; o profº Paolo Martinelli, OFM Cap, presidente do IFS; o profº Kenan Gürsoy, embaixador da Turquia junto à Santa Sé; o profº Romano Penna, da Pontifícia Universidade Lateranense, e a profª Francesca Cocchini, da Universidade La Sapienza. A moderadodora é a profª Maria Grazia Mara, também da Sapienza.
- Na Igreja de São Bartolomeu na Ilha Tiberina, às 19h30, haverá uma santa missa presidida pelo frade Mauro Jöhri, ministro geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Nesta ocasião, será oferecido à igreja, dedicada aos mártires do nosso tempo, um objeto-símbolo que pertenceu a dom Luigi Padovese, em reconhecimento ao seu compromisso com a difusão do Evangelho e com o diálogo entre povos e religiões.
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Futuro sem fome não é um sonho utópico
Caritas: conferência internacional sobre a fome no mundo
ROMA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A Caritas lançou um congresso internacional sobre a fome no mundo e a segurança alimentar, para os dias 1º e 2 de junho, em Viena, Áustria. O objetivo é encontrar soluções globais para o fato de que 925 milhões de pessoas no mundo de hoje ainda sofrem a fome.
“A cada doze segundos, uma criança morre de fome”, disse o presidente da Caritas Internationalis, cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga. “A fome não é uma fatalidade. As causas são de ordem social, econômica e política”.
O evento, organizado conjuntamente pela Caritas Áustria, Caritas Internationalis e Caritas Europa, reunirá autoridades públicas, políticos, acadêmicos, jornalistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo.
Os delegados discutirão as causas estruturais da fome e analisarão como as agências de ajuda podem intervir de forma eficiente para garantir o direito fundamental à alimentação.
O congresso quer provar que a luta contra a fome está no centro do trabalho de serviço aos pobres feito pela Caritas, e que esta questão deve ser uma prioridade para os governos. A segurança alimentar é um tema fundamental às vésperas do encontro Rio+20 e tem plena relação com a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Em comunicado, a Caritas disse pretender "unir a comunidade internacional nesta luta para erradicar a fome e a desnutrição".
O congresso será aberto pelo cardeal Maradiaga. Tesfai Tecle, assessor especial de Kofi Annan, apresentará uma palestra do ex-secretário geral das Nações Unidas sobre os efeitos da injustiça mundial na fome e na desnutrição, bem como os procedimentos necessários para que aconteça uma mudança real.
Kristalina Georgieva, comissária europeia para a cooperação internacional e para a ajuda humanitária, falará do papel e das responsabilidades da União Europeia neste sentido.
Christoph Schweifer, secretário geral dos Programas Internacionais da Caritas Áustria e coordenador da conferência, disse: "A Caritas acredita que um futuro sem fome não é um sonho utópico. É a nossa visão e nós vamos lutar por ela".
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Bispo de Gizé: Estou otimista
Dom Aziz Mina fala do primeiro turno das eleições presidenciais no Egito
ROMA, terça-feira, 29 de maio de 2012 (ZENIT.org) - "Um dia dizem uma coisa e no dia seguinte falam o contrário. É o problema da Irmandade Muçulmana: eles não mantêm as promessas. Se eles querem ganhar, têm que dar mais garantias".
Dom Antonios Aziz Mina, bispo de Gizé, no Egito, não esconde as suas perplexidades na conversa com a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Após o primeiro turno das eleições presidenciais nas últimas quarta e quinta-feira, o bispo não faz previsões sobre o resultado do segundo turno entre o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, e o general Ahmed Shafiq, ex-ministro da Aviação Civil do ex-ditador Mubarak e primeiro-ministro durante os dias da revolta que derrubou o regime.
Um resultado inesperado, pelo menos no tocante a Morsi, que contrariou muitas pesquisas pré-eleitorais e levantou controvérsias sobre a legitimidade das prévias. De uma longa lista de treze candidatos, os favoritos pareciam ser Shafiq, Amr Moussa, ex-ministro de Assuntos Exteriores do governo Mubarak e ex-secretário da Liga Árabe, e Moneim Abul Fotouh, expulso da Irmandade em março precisamente por causa da sua candidatura. Fotuh propunha um novo Egito mais inspirado no Corão, mas pluralista e democrático, ganhando assim até o apoio de alguns cristãos.
De acordo com dados da Comissão Eleitoral, a participação nas urnas foi de 46,42%, cerca de 23 milhões de pessoas. Morsi recebeu mais de 5,6 milhões de votos (24,8%) e o general Shafiq 5,4 (23,9%). O total, no entanto, não excede 50% dos votos.
"Para ganhar o segundo turno, eles precisarão ganhar a confiança de metade dos eleitores e eu não sei dizer qual deles será capaz disso", afirma dom Mina, que enfatiza a importância de assegurar liberdade para os fiéis de todas as religiões. "O novo presidente deve garantir a liberdade, a democracia e uma nova Constituição que permita que todos os egípcios, sem exceção, encontrem o seu lugar no país".
Embora seja muito cedo para previsões, com o segundo turno marcado para 16 e 17 de junho, o bispo de Gizé não perde a confiança e enxerga no futuro do Egito a liberdade religiosa e a democracia. "Eu sempre fui otimista. Mas, desta vez, continuar a esperar é uma escolha".
Envie a um amigo | Imprima esta notícia
top

Espiritualidade


Assim na Terra como no céu
Artigo de Espiritualidade de Dom Alberto Taveira Corrêa
BELEM, terça-feira, 29 de Maio de 2012 (ZENIT.org) - Oferecemos aos nossos leitores o artigo de espiritualidade semanal enviado pelo nosso colaborador habitual, Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém do Pará.
***
Com muita frequência nos deparamos com os resultados de pesquisas destinadas a compor estatísticas que avaliam as tendências de nosso tempo, nas diversas áreas da vida. Trata-se de uma atividade inteligente, com metodologia precisa, cada vez mais apurada. Durante a semana que passou, já estavam à disposição levantamentos a respeito do que os eleitores levarão em conta nas próximas eleições municipais. Os comerciantes estão sempre atentos às tendências de mercado, os meios de comunicação conferem sua audiência, e daí por diante. Também as estatísticas religiosas nos interessam! Queremos saber com quem estamos tratando, como as pessoas recebem nossas mensagens, o efeito prático de nossa pregação e daí por diante. É que todos querem saber em que chão estão pisando!
Há alguns dias, veio-me um desejo diferente, o de tornar-me, como um texto lido há alguns anos, um contador de estrelas, olhando para o alto, ao invés de olhar apenas para o chão, sonhar com o Céu e não apenas constatar a realidade que nos circunda. E redescobri a oração do Pai nosso, tão antiga quanto nova e revolucionária. Para rezá-lo, veio espontâneo o sinal da cruz. Antes do Pai nosso eu disse “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Vi que traçava, junto com as palavras, a cruz de Cristo sobre mim. Pareceu-me ver o universo aberto de forma diferente, com uma haste voltada para o alto, para o infinito. A outra abraçava o mundo. O contador de estrelas começou a sonhar, mas com os pés no chão!
Vi que existe no alto um modelo para caminhar na terra. De fato, há um “plano” pensado desde toda a eternidade, há um sonho de Deus para a humanidade. Seu nome é santificado porque as pessoas são chamadas a viverem voltadas para fora de si, abertas para amar e não dobradas sobre os próprios interesses. Como sou livre, incomodou-me um pouco pensar que no desenho do projeto de Deus está escrito que é para fazer a sua vontade, até que entendi que numa reunião de amor, que dura toda a eternidade, a família de Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tramaram a estratégia da felicidade. Pareceu-me ver, olhando para as estrelas iluminadas no horizonte da fé, que é mesmo melhor fazer o que agrada a Deus, pois Ele é infinitamente maior do que todas as mentes humanas.
E foi então possível rezar de novo “venha a nós o vosso Reino”, constatando que é melhor implantar o Reino que precede e pode iluminar todos os reinos do mundo. Se eu tivesse em mãos todas as constituições de todos os países, e a elas ajuntasse a avalanche de leis que os homens e mulheres elaboram a cada dia, no afã de encontrar saídas para os problemas de nosso tempo, descobriria nelas os rastros daquele “plano”, porque sei que estão plantadas por aí muitas sementes do Verbo de Deus. É que acredito na ação misteriosa e verdadeira do Espírito Santo, que planta o bem onde nós menos esperamos.
Nas estrelas do Céu de Deus, vi que estava escrita a lei da providência. Pão do Céu e Pão da terra, pão compartilhado e dividido. Na oração, o sonho de que todos acolham o alimento do Céu e aprendam a lei divina da liberalidade, para que não haja fome nesta terra. Foi bom constatar que a natureza que Deus nos deu foi pensada com inteligência. Não faltam recursos nem comida, mas falta partilha! Quem se volta para o alto descobre a receita da despensa e da cozinha de Deus!
O Céu de Deus, a casa da Santíssima Trindade, é amor eterno. Quando desceu a terra, este amor assumiu a face da misericórdia. Que ousadia e que risco corri ao dizer “perdoai-nos assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Viramos o jogo? O Céu e o Pai do Céu se submetem à nossa capacidade de perdoar? É que o plano de Deus nos introduziu num verdadeiro jogo de amor. Numa nova “escada de Jacó” (Cf. Gn 28,12 e Jo 1,51), o Céu e Terra partilham seus dons, ainda que o Céu seja sempre o vencedor, pois a vitória que vence o mundo é a fé!
Para chegar a tais alturas, aquele que nos livra do mal nos liberte também da tentação de olhar somente para baixo, nivelando o mundo ao rodapé das constatações frias. Deus tem a palavra e Ele é mais inteligente do que minha pobre percepção da vida. Olhando para Ele, que é família e não solidão, sonhei com o mundo “passado a limpo”, como foi pensado para a felicidade de todas as criaturas de todos os tempos.
Sonhei tanto que rezei assim: “Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente”. E disse “Amém”. E sonhei de novo toda a humanidade vivendo o Céu, na terra e na eternidade!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog