Noticias Zenit

Familia e Vida


"Quiero vivir ", Marcha contra o aborto
No dia 13 de maio em Roma
ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - "A associação ‘Quiero Vivir’ participará da Marcha pela vida em Roma neste domingo, 13 de maio, junto com a ‘Família Mañana’ e muitas outras associações provida, na convicção de que corresponde aos leigos sustentar publicamente a mensagem contra o aborto do Papa Bento XVI”. Com estas palavras, Julio Loredo, porta-voz da associação Luces sobre el este, da qual “Quiero Vivir” forma parte, reivindica o direito dos leigos católicos a introduzir o tema da vida no debate público, também através de manifestações e passeatas.
“O aborto – explica Loredo – é do ponto de vista moral, religioso e teológico um “crime abominável”, como lembrou muitas vezes também o Papa João Paulo II. Esta posição porém deve ser sustentada com convicção também no âmbito político e público. Deste modo os leigos que no domingo 13 se manifestarão em Roma, testemunharão sua fé e sua rejeição de todas as instâncias contrárias à vida, da contracepção ao aborto e à eutanásia. A Manifestação pela vida deve converter-se em um compromisso fixo, a ser repetido todos os anos”.
Os participantes, provenientes de aproximadamente 40 cidades italianas, partirão do Coliseu as 8h30 para chegar às 11h30 ao Castel Sant'Angelo, passando pelos Foros Imperiais, Praça Venezia e Largo Argentina. "A escolha do dia da Manifestação – acrescenta o Porta-voz de “Luces sobre el Este”- não é casual. No dia 13 de maio a liturgia lembra a aparição de Nossa Senhora, em Fátima em 1917. Nas suas mensagens aos três partorzinhos a Virgem Maria denunciou a situação de deterioração moral da sociedade, da qual o aborto e outras práticas contrárias à vida são fruto. A manifestação do 13 de maio cai no âmbito de um movimento mundial contrário a todas essas práticas”.
A primeira Manifestação pela vida, organizada pelos Cavaleiros da Imaculada, com a participação da associação “Quiero vivir”, aconteceu em Palermo em fevereiro de 2011. Em maio do mesmo ano, “Quiero vivir” participou na segunda edição em Desenzano del Garda (BS). Em fevereiro passado em Palermo, quase duas mil pessoas participaram na Marcha pela Vida, promovida por uma coordenação de associações da que forma parte “Quiero Vivir”.
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Santa Sé


Guardas Suíços: a vida por Cristo e pelo seu vigário na terra
Bento XVI recebe em audiência os novos recrutas e seus familiares
Lucas Marcolivio
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Por ocasião do juramento dos novos recrutas da Guarda Suíça Pontifícia, o papa Bento XVI os recebeu, acompanhados das suas famílias, para uma breve audiência na Sala Clementina Apostólica.
O Santo Padre destacou, em primeiro lugar, o privilégio dos guardas suíços de trabalhar no "coração do cristianismo" e viver na Cidade Eterna, onde fazem "a experiência única da universalidade da Igreja e aprofundam a sua fé, especialmente nos momentos de oração e nas reuniões que caracterizam estes dias".
O papa expressou "profundo apreço" pelos jovens que optam por "dedicar alguns anos de sua existência em total disponibilidade ao Sucessor de Pedro e aos seus colaboradores". De fato, o trabalho da Guarda Suíça, que se destaca "pela lealdade inquestionável ao papa”, tornou-se heroico no Saque de Roma de 6 de maio de 1527, quando vários guardas sacrificaram suas vidas para defender o Sucessor de Pedro.
“O serviço especial da Guarda Suíça”, continuou Bento XVI, “não podia então e até hoje não pode ser realizado sem as características que distinguem cada membro do corpo: a firmeza na fé católica, a lealdade e o amor à Igreja de Jesus Cristo, a diligência e a perseverança nas pequenas e grandes tarefas diárias, a coragem e humildade, a abnegação e disponibilidade. Estas virtudes devem ocupar o seu coração no serviço de honra e de segurança do Vaticano”.
O papa pediu que os guardas estejam sempre "atentos ao próximo" e se apoiem "no cotidiano" para edificar uns aos outros e preservar o "estilo da caridade evangélica" para com todas as pessoas que eles encontram diariamente.
O segredo da eficácia do trabalho realizado pelos guardas papais, de acordo com Bento XVI, é a sua "referência constante a Cristo". Em várias ocasiões, prosseguiu o Santo Padre, muitos deles "foram chamados a seguir o Senhor no sacerdócio ou na vida consagrada, e responderam com prontidão e entusiasmo". Outros "coroaram com o sacramento do matrimônio a sua vocação matrimonial".
O papa rezou para que os novos recrutas "respondam plenamente ao chamado de Cristo a segui-lo com generosidade fiel". Aconselhou-os a tirar proveito do tempo passado em Roma "para crescer na amizade com Cristo, amar mais e mais a sua Igreja e avançar em direção à meta de toda verdadeira vida cristã: a santidade".
Para encerrar, o pontífice invocou a bênção maternal de Maria, para que, no seu mês de maio, ela ajude os novos guardas papais a experimentar uma comunhão mais profunda com Deus, “que começa na terra e será completada no céu”.
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Mundo


Centenário da revista Sal Terrae
Começam as comemorações na Espanha
MADRI, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A editora jesuíta Sal Terrae está comemorando o centenário da revista que, anos mais tarde, lhe daria o próprio nome. As celebrações começam em Santander neste dia 12 de maio e continuam em Madri no início de junho, com uma grande conferência de teologia.
No próximo sábado, 12, o bispo de Santander, dom Vicente Jiménez Zamora, presidirá uma missa na igreja jesuíta do Sagrado Coração. Em seguida, o padre Manuel Revuelta, SJ, palestrará no seminário Monte Corbán sobre os cem anos da Sal Terrae. Finalmente, haverá uma homenagem aos diretores e funcionários da revista.
Participarão dos eventos o atual diretor, Enrique Giménez-Rico Sanz, SJ, o diretor anterior, José Antonio García, SJ, e o diretor a partir de junho, Torano Abel, SJ.
A Sal Terrae é publicada mensalmente, exceto em julho e agosto, que têm uma edição única. Desde janeiro de 1912, a revista teve 1.166 números, distribuídos no território espanhol (80%) e no resto do mundo, inclusive na China. São cerca de três mil os assinantes atuais. Sacerdotes e religiosos são os principais leitores, mas, desde 1970, cada vez mais leigos se servem da publicação para a formação pessoal e de grupo.
A revista foi fundada pelo jesuíta Vilariño Remigio, em Bilbao, num momento de esfervescência da imprensa católica na Espanha. Ao longo dos anos, manteve a finalidade pastoral sem perder o desejo de reflexão e a análise da atualidade. À luz dos seus artigos, nasceram em meados do século duas novas revistas, Homilética e Catequesis. Anualmente, cerca de 50 autores da revista oferecem respostas para questões teológico-pastorais, religiosas, sociais, familiares e psicológicas.
Para mais informações: www.salterrae.es.
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Bispos bolivianos contra o desmatamento e as plantações de coca
Ajuda à Igreja que Sofre se reuniu com o arcebispo coadjutor de Santa Cruz de la Sierra
ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - "O cultivo de coca e o desmatamento devem cessar imediatamente", conclama a Conferência Episcopal Boliviana diante da produção desenfreada desta planta no país, com suas consequências nefastas. Para discutir a questão, uma delegação da organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) visitou a Bolívia e se encontrou com o arcebispo coadjutor de Santa Cruz de la Sierra, dom Sergio Alfredo Gualberti.
O cultivo da coca nas nações andinas é restrito, mas o presidente boliviano Evo Morales, que já foi um dos maiores produtores da planta, vem defendendo a expansão das plantações. Reeleito em dezembro de 2009, o ex-"cocalero" ligado a Hugo Chávez levou seus planos adiante, apesar das críticas da comunidade internacional e do mundo católico. Estas críticas, por sinal, não favoreceram a melhora das relações entre o episcopado e o governo boliviano, que se tornaram especialmente complicadas em 2009 com a promulgação da nova constituição: o texto tirou do catolicismo o status de religião oficial e estabeleceu limites mais rígidos entre a Igreja e o Estado.
O bispo disse à AIS que Morales está prestes a aprovar novos desmatamentos para construir uma rodovia no coração de uma reserva natural. "A estrada chegaria até o Brasil, destruindo grande parte do Parque Nacional Isiboro, região reconhecida oficialmente como território indígena". A construção inevitável de estruturas ao longo da rodovia, segundo dom Gualberti, promoveria um desmatamento e destruição ambiental maiores ainda. "É por isso que nós, bispos bolivianos, escrevemos uma carta pastoral em defesa do meio ambiente, da justiça e do desenvolvimento".
O texto dos bispos, intitulado "O universo, um dom de Deus para a vida", também denuncia a "perda dos valores espirituais e humanos e dos princípios éticos e morais que fizeram e fazem parte da nossa identidade". Embora mais de três quartos dos dez milhões de bolivianos sejam católicos, a prática da fé está se enfraquecendo muito no país. O compromisso da Igreja é, portanto, reforçar o trabalho de evangelização. "Intensificar o ministério e promover a formação de catequistas e seminaristas são as nossas prioridades atuais".
Estas prioridades são apoiadas pela Ajuda à Igreja que Sofre, que em 2010 doou para a Igreja na Bolívia mais de 350 mil euros. Entre os projetos financiados, estão o XXIX Encontro Nacional e Internacional da Juventude da Bolívia, a formação de seminaristas e noviças, a construção de instalações para a paróquia de Nossa Senhora da Misericórdia, na diocese de Potosí, e a restauração do convento das irmãs carmelitas de Cochabamba.
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Itália: Maria protagoniza a Jornada Nacional do peregrino
VIII edição na Basílica de São João de Latrão
ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - No aniversário da primeira aparição da Virgem Maria a três pastorinhos, que aconteceu no 13 de maio de 1917, celebrar-se-á também neste ano a Jornada Nacional do peregrino da Obra Romana de peregrinações.
Muitos vão participar na VII edição deste esperado evento programado para o 13 de maio em Roma, na Basílica de São João de Latrão, "a Mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo."
O caráter mariano desta jornada, que sempre foi um momento privilegiado de oração e de compartilhar a alegria da experiência da peregrinação, se sentirá desde o começo, previsto para as 16h, com a acolhida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. A imagem da Virgem Peregrina do Santuário português será transportada desde o santuário do Divino Amor até a basílica de São João de Latrão, com motivo da Jornada Nacional do Peregrino para depois prosseguir sua peregrinação até a Igreja de Santa Maria das Graças, onde permanecerá do 13 ao 20 de maio.
Neste ano, a Peregrinatio Mariae com a venerada imagem da Virgem Peregrina do Santuário de Fátima, começada no dia 14 de abril continuará até o dia 5 de agosto, tocando as comunidades diocesanas das regiões Lazio, Campania, Apulia, Umbria, Sicilia, Lombardia e Emilia Romagna.
A Jornada Nacional do Peregrino contará com um concerto-meditação com a oração do santo rosário, a cargo de “Fragmentos de Luz”, um verdadeiro e próprio projeto ao qual se inscreve no caminho da Igreja e quer ser instrumento de evangelização através dos anais da arte em todas as suas manifestações – musical, pictórica, poética, fotográfica -, na consciente convicção de que o patrimônio artístico inspirado pela fé cristã é um formidável instrumento de catequese.
Centro da Jornada será a santa missa, presidida pelo cardeal Vallini, vigário papal para a Diocese de Roma e presidente da Obra Romana de Peregrinações, em programa às 18h, com a qual concluirá a VIII edição da Jornada Nacional do Peregrino.
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Entrevistas


A especial devoção do Padre Pio a São Miguel Arcanjo
Entrevista com Vincenzo Comodo, produtor da exposição fotográfica itinerante
ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Nos últimos dois anos, as regiões da Itália vêm recebendo a exposição itinerante A devoção especial do Padre Pio a São Miguel Arcanjo, realizada por Vincenzo Comodo, professor de Sociologia no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, de Roma. Inaugurada em setembro de 2010 na Igreja de São Pio em San Giovanni Rotondo, a mostra seguiu para a Celeste Basílica de Monte Sant'Angelo e depois para os vários conventos onde o Padre Pio se formou como consagrado.
ZENIT entrevistou o idealizador da exposição.
Professor Comodo, o que o levou a criar esta exposição fotográfica?
Comodo: Nós conhecemos o relacionamento extraordinário que o padre Pio tinha com os anjos. Em particular com o anjo da guarda. Ele recomendava para os seus devotos recorrer sempre a esse espírito celestial, não só nos momentos mais escuros da peregrinação terrena, mas sempre mesmo, fazendo dele um companheiro querido e fiel. Mas é menos conhecida a devoção ardente que ele tinha pelo Príncipe dos Anjos, São Miguel. Uma devoção que, durante a vida dele, assumiu os contornos de uma relação muito especial. Alguns aspectos são mais claros, outros ainda estão envoltos em segredos. Esta mostra foi projetada e criada para resgatar essa ligação extraordinária entre o padre Pio e o Comandante Supremo do Exército de Deus
Por que o padre Pio era tão profundamente devoto de São Miguel?
Comodo: Basicamente porque, desde criança, o padre Pio se beneficiou da sua companhia. Porque na luta contra Satanás e o seu exército do mal, ele sempre recebeu a ajuda de São Miguel, que era o guia dele para anunciar a verdade do Ressuscitado e para desmascarar a mentira, que o diabo está sempre espalhando pelo mundo para a destruição das almas. Por estas razões, ele queria que o arcanjo fosse conhecido como uma expressão do amor infinito de Deus, um exemplo superlativo de fé absoluta no Todo-Poderoso, especialmente para os seus devotos e filhos espirituais. Queria que todos pedissem a proteção do arcanjo vigilante e poderoso contra os enganos e as tentações de Satanás, que está sempre à espreita de todos. Ele queria que as pessoas se voltassem para São Miguel como um intercessor poderoso diante de Deus. Não por acaso, a gruta sagrada de Monte Sant'Angelo foi visitada por nobres, cavaleiros, reis, príncipes, cardeais da Igreja Católica Romana. Alguns se tornaram sucessores de Pedro no trono papal, como o inesquecível João Paulo II. E santos, como São Francisco de Assis e o padre Pio. Multidões de pessoas consagradas e simples peregrinos vão até ali para implorar graças e bênçãos.
Como é a mostra?
Comodo: A mostra é composta de várias telas que representam a presença de São Miguel Arcanjo na vida do padre Pio, desde a infância, com os testemunhos mais importantes de alguns dos seus filhos espirituais, que mostram sinais desta devoção tão especial. Por exemplo, os sinais que estão na Casa Sollievo della Sofferenza [Alívio do Sofrimento] e na igreja de Santa Maria delle Grazie, em San Giovanni Rotondo. Cada tela tem uma imagem acompanhada de uma legenda, para reforçar a mensagem através da combinação de imagem e texto. Falando a linguagem do coração. Esta iniciativa artística é uma grande oportunidade para aprendermos sobre este aspecto fundamental da espiritualidade do padre Pio, desconhecido para tanta gente, mas que o nosso santo capuchinho prezava muito. Tanto que o padre Pio costumava dizer para todos os seus devotos: "Vão cumprimentar São Miguel e se colocar sob a proteção dele".
O itinerário da exposição pode ser acompanhado pelo site www.padrepioesanmichelearcangelo.org (em italiano, inglês e espanhol) e no grupo do Facebook La speciale devozione di Padre Pio per San Michele Arcangelo (em italiano).
Contatos com o organizador: http://br.mc1403.mail.yahoo.com/mc/compose?to=enzocomodo@tiscali.it.
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"Cristo nossa Páscoa, o mistério pascal na vida cristã"
Um livro do Cardeal Cañizares e dos sacerdotes Hector Guerra e Juan Pablo Ledesma
"Cristo nossa Páscoa, o mistério pascal na vida cristã"
Um livro do Cardeal Cañizares e dos sacerdotes Hector Guerra e Juan Pablo Ledesma
Por Ir. Sergio Mora
ROMA, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - "Cristo nossa Páscoa, o mistério pascal na vida cristã" é o título do livro escrito pelo Cardeal Antonio Cañizares, e os sacerdotes Hector Guerra LC e Juan Pablo Ledesma LC, publicado pela editora Planeta, na sua coleção Testemunho.
Nas suas quase 300 páginas os autores explicam ao leitor o significado profundo da Páscoa, como uma unidade que vai desde a Última Ceia até a Ressurreição, e pode ser revivido na Eucaristia, recebendo a Cristo ressuscitado.
O livro que está disponível em livrarias e on-line não quer ser um ensaio light e nem um tratado teológico, mas um meio de formação especialmente para os leigos que ajude na nova evangelização. Colocamos a seguir uma entrevista com os dois sacerdotes co-autores do livro.
Por que o título do livro: Cristo, nossa Páscoa?
-Pe. Guerra: Em primeiro lugar, percebemos que os cristãos geralmente não captam a profundidade deste conceito, talvez por falta de uma boa catequese. O mistério pascal forma uma unidade indivisível que parte da instituição da eucaristia e passa pela paixão e ressurreição, para continuar perpetuamente em cada celebração da Eucaristia. A mesma capa reune a cena central da conhecida obra dos irmãos Van Eyck, mostrando ao cordeiro místico que, de pé sobre o altar, está vivo; sacrificado e ressuscitado.
Por que mistério pascal?
-Pe. Ledesma: A história entendeu a Páscoa judaica como a libertação do Egito. A Páscoa também hoje se celebra como festa e lembrança do Êxodo. Mas para os cristãos a Páscoa é Cristo, com sua paixão, morte e ressurreição. Por isso falamos de "nossa Páscoa". O "nossa" é muito importante, porque nós somos esse plural, ao formar parte do seu corpo na Igreja. Participando na sua mesma vida nova, morremos e ressuscitamos com Ele. Por isso, o subtítulo fala do mistério pascal na vida cristã. A palavra mistério, entendida não como constexto esotérico, mas como participação de um fato real. Porque a santidade cristã leva a  não compreendidos em um contexto esotérico, mas como uma participação efectiva. Porque a santidade cristã leva a participar e a apropriar-se dos mistérios de Cristo, especialmente a Páscoa.
Qual é o convite que vocês fazem aos cristãos, a finalidade do livro?
- Pe. Guerra: Descobrir o lugar central do mistério pascal na vida de Cristo e em nossa vida pessoal. O mistério pascal nos leva a um aprofundamento no cristocentrismo. O Sagrado Coração é o Coração do Verbo Encarnado, que sofreu, morreu e aparece, ressuscitado. O Sagrado Coração que Santa Margarida Maria de Alacoque, no século XVII viu ou o Jesus da Divina Misericórdia que apareceu a Santa Faustina Kowalska, no alvorecer do século XX não é outro senão o Verbo encarnado. É Jesus Cristo no seu mistério pascal. A ressurreição de Cristo é o maior dom de Deus à humanidade.
O livro convida a viver mais a esperança da ressurreição?
-Pe. Guerra: Não só. Convida a viver mais o mistério pascoal na sua plenitude, a carregar a própria cruz tendo presente a ressurreição.  Ficar só na idéia do mistério pascal como paixão e morte significa privar-se do fundamental, que foi a ressurreição. E tudo isto dá uma lufada de ar, de esperança e de ilusão à vida cristã. Porque estamos no hoje da ressurreição. Porque estamos na ressurreição de hoje.
Por que também apresentam no livro estudos históricos, científicos, etc?
-Pe. Guerra: Também foi nossa intenção fazer um livro formativo para os cristãos em geral, por isso são fornecidos argumentos, dados históricos e científicos que nos ajudam a aprofundar. Também em cada capítulo, por exemplo o da paixão física de Cristo, há detalhes também do Santo Sudário de Turín, dados históricos e arqueológicos e que são colocados em relação ao que diz o Evangelho, revelando uma notável correspondência e compenetração . Ao longo dos capítulos são fornecidas cerca de 300 notas que recolhem citações dos Padres da Igreja, do Magistério e de vários autores.
Não é um tratado teológico, mas nem sequer um ensaio light
- Pe. Ledesma: Isso fica claro na estrutura do livro. O primeiro capítulo oferece à razão e à fé esta experiência transformadora que começa na Encarnação do Filho de Deus. Depois, nos detemos nos sacrifícios do Antigo Testamento para entender o sentido e significado da Páscoa. Em seguida, observamos com detalh a paixão física de Jesus Cristo, e aprofundamos na gama sem fim dos seus sofrimentos interiores, espirituais e morais. Em seguida analisamos as manifestações do Ressuscitado. Todo o mistério pascal foi antecipado, se celebra e se prolonga na Eucaristia. Evidenciamos, mais uma vez, a estreita ligação entre a Última Ceia, a cruz e a ressurreição. Finalmente, propomos – seguindo o convite de São Paulo – eucaristizar  tudo. Finalmente, lembramos os diversos meios que a Igreja nos propõe para conseguir que o mistério pascoal nos transforme.
O livro procura despertar algo que foi esquecido na vida cotidiana, o que é?
-Pe. Ledesma: Em cada Missa, após a consagração o povo responde: anunciamos tua morte, proclamamos tua ressurreição. O que queremos é que penetre mais na consciência dos crentes essa segunda parte, para que não fiquemos com a idéia que o mistério pascoal é a cruz de Cristo somente. Estou certo de que quem leia este livro será convidado concretamente a renovar a sua vida cristã e a fazer-se contemporâneo de Jesus Cristo por meio da Eucaristia. Isso é o que Ele viveu, a paixão, morte e ressurreição, e cada dia o cristão a pode viver.
Este livro é uma contribuição para a nova evangelização?
- Pe. Ledesma: Pegando uma idéia de Solaro de Moretta, a cruz recebeu o corpo de Cristo vivo e o entregou morto; O Santo Sudário o recebeu morto e o entregou vivo. É de desejar que cada cristão que receba o corpo de Cristo na Eucaristia se comporte como o Santo Sudário, refletindo a imagem e a vida nova de Cristo ressuscitado ao seu redor.
O livro também oferece uma peregrinação Pascoal com Maria, uma proposta alternativa à tradicional via Sacra, na qual se pretende percorrer a paixão, morte e ressurreição de Jesus começando pela última ceia até a ressurreição, dezesseis etapas de mãos dadas com Maria.
O livro está disponível em espanhol:
http://www.amazon.es/Cristo-nuestra-Pascua-Testimonio-planeta/dp/8408006126/ref=sr_1_fkmr0_2?ie=UTF8&qid=1336459967&sr=8-2-fkmr0&tag=zenit058-21
[Tradução Thácio Siqueira]
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Espiritualidade


Amai-vos como eu vos amei
Artigo de Espiritualidade de Dom Alberto Taveira Corrêa
BELEM, terça-feira, 8 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir o artigo de espiritualidade semanal enviado pelo nosso colaborador habitual, Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém do Pará, sobre o tema do Amor Cristão.
***
Não existe uma pessoa que não ame. Muda o objeto que é amado, mas faz parte da natureza humana voltar-se, no amor, para o que é desejado e buscado. Pode parecer muito simples, mas também a capacidade de amar vem a ser educada, num processo de formação que envolve a vida inteira. Mal formada, a inata capacidade para amar pode chegar inclusive à destruição da realidade que é amada. Trata-se de uma força imensa, plantada por Deus nos corações humanos. Ela vem do Céu, para se implantar e multiplicar-se no bem que pode ser feito na terra e se perpetuará na eternidade.
O amor é um sentimento? Envolve, sim, os sentidos, mas na compreensão cristã, que perpassa a Sagrada Escritura e a experiência secular da Igreja, é muito mais do que um sentimento. Antes, é um ato de inteligência e de vontade. Basta recordar a realidade do martírio, presente em toda a história da Igreja, na qual alguém se dispõe a superar o instinto primordial de defesa da própria vida, para entregá-la pelo bem dos outros, como resultado de sua escolha de vida no seguimento do Evangelho. Existem também situações de pessoas que, mesmo sem conhecimento do Evangelho, chegam a entregar-se pelo bem dos outros, pela causa da vida e da dignidade humana. Tais gestos fazem compreender a possibilidade de uma escolha radical, que orienta todas as energias humanas para o que não se vê nem se pode comprovar, senão pelo testemunho!
“Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. E trarás gravadas no teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno. Tu as repetirás com insistência a teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em casa ou andando a caminho, quando te deitares ou te levantares” (Dt 6,4). A primeira e decisiva opção na vida há de ser esta, como uma veste interior, que envolve e orienta todas as outras decisões: escolher Deus como tudo da própria existência.
O resumo da lei de Deus, expressa o Decálogo, se encontra na lapidar afirmação: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Mas foram necessários muitos séculos e, mais do que tudo, a revelação que vem do alto, para que tal mandamento viesse a ser compreendido. Aliás, foi preciso que o Pai do Céu enviasse seu Filho, como vítima de reparação por nossos pecados, para a humanidade entender o amor (1 Jo 4,7-10) e sua medida, que é justamente amar sem medida.
O amor ao próximo suscitou muitas perguntas. Afinal, o próximo é quem está perto de mim? Para povos que vagavam por desertos ou se sentiam ameaçados pelos potenciais inimigos, o estrangeiro é também próximo? Como tratar quem é diferente e incomoda? Jesus Cristo, amor do Pai que se faz carne no meio da humanidade, aproxima o amor do próximo ao amor de Deus, dizendo que o segundo é semelhante ao primeiro mandamento! Próximo vem a ser, para o Senhor, aquele de quem nos aproximamos e não apenas quem vem pedir qualquer ajuda: “Na tua opinião – perguntou Jesus –, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10, 36-37). Conhecemos o verdadeiro Bom Samaritano, o próprio Jesus, que veio percorrer as estradas do mundo, tomando a iniciativa de vir em socorro da humanidade.
Mas Jesus guarda a pérola de seu amor a ser revelada no ambiente especial da última Ceia: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 12-13). Aqui está um ponto de chegada, nascido do alto e que antecipa a realidade do Céu aqui na terra! Somos feitos para esta qualidade de amor!
Ainda que devamos amar a todos, sem distinção, cada cristão é chamado a ter um espaço de convivência, no qual possa declarar, com gestos e palavras, sua disposição para dar a vida e receber a vida doada. Nisto todos conhecerão que somos discípulos de Cristo (Jo 13,35). Pode ser a família, e quem dera que nossas famílias chegassem a esse ponto! Pode ser a experiência de uma Comunidade cristã viva, e para lá havemos de caminhar. Uma amizade sincera e pura proporciona esta declaração de amor. É uma potência indescritível de transformação da vida das pessoas. É necessário olhar ao nosso redor, pois existem, sim, pessoas, comunidades e grupos que  oferecem este testemunho!
Nos mistérios da Páscoa, celebrados pela Igreja, Deus nos dá de presente esta capacidade de amar. De nossa parte, resta corresponder aos dons de Deus (Cf. Oração do dia do VI Domingo da Páscoa). Cada resposta e cada ato de amor a Deus e ao próximo contribuirão para que o mundo, sem deixar de ser mundo, seja mais parecido com o Céu!

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