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Noticias Zenit

Conferência Episcopal Portuguesa


Ser feliz na enfermidade
D. Jorge Ortiga no XXIV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde em Fátima
BRAGA, quarta-feira, 02 de maio de 2012(ZENIT.org) - Entre 2 e 5 de maio, o Centro Pastoral de Paulo VI, no Santuário de Fátima, acolhe o XXIV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, uma iniciativa promovida pela Comissão Nacional Pastoral da Saúde, numa organização da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde. O Encontro deste ano será subordinado ao tema “Cuidados de Saúde, Lugares de Esperança" e contará com intervenções de referência na Saúde em Portugal.
Apresentamos a seguir a homilia de D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, na Eucaristia deste Encontro.
***
Ser feliz na enfermidade
1. «Era uma vez um médico que viu um doente idoso que já não dava sinais de cura no hospital. Passavam os dias e ele parecia estar resignado a morrer o mais depressa possível. Por mais que as enfermeiras o animassem, só com muito dificuldade e paciência conseguiam que ele oferecesse uma palavra ou um sorriso. Certo dia, ao passar pelo corredor o médico ficou surpreendido ao vê-lo animado, com bom aspecto e a ser ajudado pelos familiares a levantar-se da cama.
Sorrindo de satisfação, o médico pergunta-lhe: “Então, o que lhe aconteceu? Ainda na passada semana estava tão desanimado e hoje está totalmente diferente?” Perante as perguntas, o idoso sorriu e disse-lhe:“Tem razão! Alguma coisa aconteceu: o meu netinho veio cá ontem visitarme e disse-me para voltar depressa para casa, pois precisava da minha ajuda: precisa que o ajude a remendar o pneu da bicicleta!”»[1]
2. Caros cristãos, afinal também as crianças podem fazer milagres e salvar muita gente nos dias de hoje! Aliás, foi essa a missão que Deus-Pai confiou ao seu Filho, como escutávamos no evangelho: “Eu vim como luz ao mundo (…), não para julgar o mundo, mas para o salvar!” Em pleno Tempo Pascal, a Ressurreição confere-nos uma missão: publicitar a notícia salvadora do Messias de Deus. Uma salvação que não se cinge a uma vida depois da morte, mas que se opera aqui e agora na
concretude da vida humana, nomeadamente na enfermidade.
3. Na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente, o Papa Bento XVI recorda-nos a importância do Sacramento da Penitência e da Santa Unção.
Como tal, ele afirma: “cada sacramento expressa e põe em prática a proximidade do próprio Deus que, de modo absolutamente gratuito, nos toca por meio de realidades materiais… que Ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo.”[2]
Mergulhados na responsabilidade de Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal, muita coisa deve mudar na acção pastoral com os doentes.
Todavia, o auxílio eclesial aos enfermos não se cinge somente a estes Sacramentos, administrados pelos presbíteros. Os leigos também podem e devem “salvar” muitos enfermos através do que, sinteticamente, se chama de virtude da compaixão!
Assim sendo, ter compaixão é recordar o milagres das curas e a Paixão de Cristo que terminou na Cruz. Ter compaixão é reconhecer que o sofrimento do outro também é o meu sofrimento. E ter compaixão é partilhar esse sofrimento alheio através da nossa oração, caridade, palavra, escuta e presença (companhia).
Ou seja, o que aquela criança fez foi muito simples: apenas recordou ao seu avô que a sua doença não lhe retira a sua dignidade, nem o lugar que tem no coração de Deus!
4. Com isto, estaremos, entre outros aspectos, a curar aquela que, segundo Henri Nowen, é a doença mais dolorosa da sociedade actual: a solidão.[3]
Como dói ver notícias de homens e mulheres que se abandonam à sua incapacidade, à sua deficiência, à sua doença… homens e mulheres que deixaram de acreditar em si e em Deus… homens e mulheres que se contentam com respostas rápidas, com brilhos passageiros... homens e mulheres que decidiram ser vítimas e não cooperadores da criação… homens e mulheres desaproximados, incapazes de ouvir o anseio mais profundo do coração!
Desculpem a franqueza e que, sem rodeios, afirme que a Pastoral da Saúde tem de ser um caminho para a nova-evangelização, ou seja, um instrumento peculiar para manifestar a beleza do amor de Deus. Aliás, o teólogo Anselm Grün escreve: “na doença, consigo descobrir o espaço interior do silêncio, aquele onde Deus habita em mim. É lá que me sinto curado e pleno. A doença não tem acesso a esse espaço.”
Este Encontro Nacional da Pastoral da Saúde deve, por isso, ser um ponto de partilha, reflexão e criatividade para que muitos descubram na enfermidade a presença do amor divino, de modo a que proclamem jubilosamente como o salmista: “Louvado sejais, Senhor!” Isoladamente,eles não serão capazes de fazer essa descoberta.
Daí que a comunidade cristã tenha de discernir caminhos de presença efectiva para que o rosto do autêntico amor não permaneça oculto. Os cristãos não podem ignorar o sofrimento alheio. Há sinais que parecem de abandono de Deus, os quais devem ser preenchidos por gestos de muita solicitude e ternura. E, se olharmos para os cuidados que oferecem as estruturas de saúde, não podemos permitir a nossa insensibilidade perante burocracias exageradas, desatenções quase inconscientes ou simples preocupações economicistas para evitar prejuízos e facturar lucros. Aí o cristão deve ser sempre gerador de esperança.
Se é tarefa de todos, os profissionais de saúde não podem esquecer a sua identidade cristã. Talvez não necessitem de etiquetas para se afirmarem. O silêncio da dedicação e serviço de entrega pode marcar a diferença, mesmo sem se usar palavras.
5. Para terminar, a primeira leitura relatando-nos uma jornada missionária de Saulo e Barnabé, vem confirmar tudo quanto referi e, por isso, permiti-me que agradeça àqueles “ministros da esperança”, que nas suas comunidades visitam e acompanham gratuitamente os doentes. Esses homens e mulheres silenciosos, voluntários ou profissionais que, “muitas vezes sem mencionar o próprio nome de Cristo”, O manifestam concretamente, fazendo com que “a palavra de Deus cresça e se multiplique”. Eles são muitos, mas poderão ser ainda mais!
Que a Senhora de Fátima, conforte e anime os agentes da Pastoral da Saúde, que apenas querem continuar o gesto salvífico de Cristo junto daqueles que vivem na enfermidade. Porque também se pode ser feliz na enfermidade.
[1] Pedrosa Ferreira, Nem só de pão vive o homem, 72.
[2] Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial do Doente 2012, 1.
[3] Henri Nowen, O curador ferido, 105.
                                                                             + Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
                                                                     Santuário de Fátima, 2 de Maio de 2012
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Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


É necessário resgatar a centralidade da pessoa humana
Mensagem da CNBB para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil
BRASILIA, quarta-feira, 02 de Maio de 2012 (ZENIT.org) – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em vista do dia Mundial do Trabalho celebrado ontem, enviou, no dia 30 de abril, uma mensagem aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil.
Depois de agradecer a Deus “pelo ser humano que, com criatividade e sabedoria, constrói o mundo e vive do trabalho de suas mãos”, lembra a mensagem que o “trabalho não é um mero apêndice na vida humana, mas uma dimensão fundamental de sua existência”
Afirma também que colocar “o capital e o lucro acima da pessoa humana, tem transformado o trabalho em peso e castigo”, ferindo a dignidade humana. Portanto, é “necessário resgatar a centralidade da pessoa humana”.
A Igreja Católica, se une aos trabalhadores, diz a mensagem, em “suas justas reivindicações quais sejam a garantia de seus direitos e a defesa de sua dignidade” e denuncia toda desigualdade, “baixo salário, o desemprego e o subemprego, que condena inúmeras famílias a condições indignas de filhos e filhas de Deus.”
Conclui a nota da CNBB, invocando São José, para que ele abençoe a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. 
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Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Os símbolos da JMJ estão chegando na Capital do Brasil
Evento Bote Fé será realizado na Esplanada dos Ministérios
BRASILIA, quarta-feira, 02 de Maio de 2012 (ZENIT.org) – Daqui a 10 dias os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude estarão chegando na capital do Brasil, Brasília. A arquidiocese de Brasília se prepara para receber os símbolos da JMJ que estão em peregrinação pelas dioceses do País.
Juntamente com o Ordinariato Militar do Brasil, a arquidiocese prepara a visita dos símbolos nos 4 Vicariatos que está dividido a arquidiocese de Brasília, convidando a todos os jovens da Capital para participarem do grande evento Bote Fé no sábado, 12 de Maio, na Esplanada dos Ministérios.
A peregrinação pela arquidiocese de Brasília e pelo Ordinariato Militar  terminará com a celebração da Santa Missa na Catedral Metropolitana de Brasília, no domingo, 13 de maio, às 18hs.
Para maiores informações acesse: http://www.arquidiocesedebrasilia.org.br/ ou http://www.rio2013.com/
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Preparando a JMJ 2013
Cartas de Dom Eduardo Pinheiro dirigida aos párocos brasileiros
BRASILIA, quarta-feira, 02 de Maio de 2012 (ZENIT.org) – No site da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ) da CNBB,  http://www.jovensconectados.com.br/ pode-se encontrar a cada mês uma carta de Dom Eduardo Pinheiro dirigida a todos os párocos do Brasil. Dom Eduardo é o atual Presidente da CEPJ.
O objetivo das cartas de Dom Eduardo é motivar todos os párocos do Brasil na evangelização dos jovens, à luz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013. Os leigos também estão convidados a imprimir essas cartas e levá-las ao seu pároco, caso ele não tenha conhecimento.
Para ter acesso às cartas pode-se acessar: http://www.jovensconectados.org.br/noticias/noticia/1465-as-cartas-de-dom-eduardo
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Homens e Mulheres de Fé


Pedro To Rot: Marido e modelo de pai
O primeiro beato da Papua Nova Guiné: uma figura a ser redescoberta em vista da Family 2012
Por Gerolamo Fazzini
ROMA, quarta-feira, 30 de Abril de 2012 (ZENIT.org) - Pietro To Rot é um catequista da Papua Nova Guiné, morto em 1945 por causa da sua oposição à poligamia; celebra-se este ano o centenário do seu  nascimento. O Bispo de Rabaul, o Bergamês salesiano Francesco Panfilo, Bispo de Rabaul, propõe: "Por que não redescobrir essa figura marido e pai modelo, justo em vista do VII Encontro Mundial das Famílias que acontecerá em Milão?".
O nome de To Rot nos diz pouco ou nada, mas para a Igreja de Papua é uma glória local genuína: é, de fato, o primeiro beato daquela terra, elevado à glória dos altares, no dia 17 de janeiro de 1995 por João Paulo II . Não é por acaso que, há poucos dias atrás, os bispos de Papua Nova Guiné e das Ilhas Salomão fizeram uma peregrinação ao santuário de Rakunai, país natal do beato. E no verão estão previstas celebrações jubilares a serem realizadas no dia 7 de julho, festa litúrgica do beato.
Pedro nasce de um chefe da tribo, dentre os primeiros  convertidos à fé católica. Do seu pai, Angelo, o jovem Pedro herda as qualidades de um líder, da sua mãe Maria – cristã fervorosa – uma sensibilidade religiosa não comum. Com estas características, unidas à predisposição para os estudos, algumas pessoas vêem muitos "sinais de vocação" para o sacerdócio e pensam enviar o garoto para estudar na Europa. Mas o pai escolhe para Pedro um futuro leigo: com apenas 21 anos já é um bom catequista, inestimável colaborador  dos missionários. Em 1936, aos 24 anos, casou-se com Paula Varpit, uma menina de 16 anos, também ela muito fervorosa.
"Inspirado por sua fé em Cristo, foi um marido devoto, pai amoroso e um catequista comprometido, conhecido pela sua cordialidade, pela sua gentileza e pela sua compaixão”: assim em 1995 o Papa Wojtyla falava de Pietro To Rot, acrescentando que ele " tratou a sua mulher Paola com grande respeito; orava com ela toda manhã e toda noite. Para os seus filhos tinha uma grande afeição passava com eles o máximo do tempo que fosse possível”. Ainda: o beato "teve uma grande visão do matrimônio e, apesar do grande risco pessoal e da oposição, defendeu a doutrina da Igreja sobre a unidade do matrimónio e da necessidade de fidelidade mútua."
Durante a Segunda Guerra Mundial, de fato, a sua aldeia, Rakunai, foi ocupada pelos japoneses, os missionários acabaram presos, mas To Rot assumiu a responsabilidade pela vida espiritual dos seus concidadãos, continuando a ensinar os fiéis, a visitar os doentes e batizar . Mas quando as autoridades legalizaram a poligamia, o Beato Pedro denunciou firmemente essa prática. Comentou João Paulo II: "Ele proclamou com coragem a verdade sobre a santidade do casamento. Recusou tomar o "caminho mais fácil" do compromisso moral. "Devo cumprir o meu dever e como testemunho na Igreja de Jesus Cristo”, explicou. O medo do sofrimento e da morte não o pararam ." Mesmo na prisão Pedro permaneceu sereno, até mesmo alegre, até que ele foi assassinado com uma injeção em julho de 1945 por um médico japonês.
Comenta Mons. Panfilo. "Pedro To Rot, catequista e mártir, foi um grande defensor da família e do sacramento do matrimônio. Este ano na Diocese de Rabaul estamos comemorando o centenário, apontando para a renovação da família. E eu espero que o VII Encontro Mundial das Famílias, programado em Milão, represente uma oportunidade para valorizar essa figura".
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Familia e Vida


Família 2012: apresentada a área que sediará os eventos com o papa
Parque Norte de Milão, junto ao aeroporto de Bresso
ROMA, quarta-feira, 2 de maio de 2012 (ZENIT.org) - "Peço que vocês acolham Bento XVI como sucessor de Pedro", disse o arcebispo de Milão, Angelo Scola, pedindo às comunidades cristãs que não celebrem a missa na manhã do domingo 3 de junho, para valorizar a celebração litúrgica presidida pelo papa naquele mesmo dia, nas imediações do aeroporto de Bresso.
A área está se preparando para acolher os peregrinos do VII Encontro Mundial das Famílias. Uma conferência de imprensa foi realizada pela primeira vez na sede dos futuros eventos com o papa, que serão a Festa dos Testemunhos, no sábado, 2 de junho, e a Santa Missa, no domingo, 3 de junho. Estiveram presentes Erminio De Scalzi, presidente da Fundação Milão Famílias 2012; Bruno Marinoni, chefe da área operacional da fundação; Giuseppe Manni, presidente do Parque Norte Milão, área do evento junto ao aeroporto; Mario Battistello, presidente do Aeroclube de Milão, e Fortunato Zinni, prefeito de Bresso.
Durante o encontro com os jornalistas, foi anunciado ainda que o VII Encontro Mundial das Famílias terá o apoio do clássico do futebol mundial Inter x Milan. No domingo, 6 de maio, antes da partida, os jogadores entrarão em campo vestindo a camisa oficial do encontro.
Para baixar as imagens aéreas do local:
http://dl.dropbox.com/u/36786817/Campovolo_video.zip
Para baixar o anúncio oficial do encontro:
http://family2012.com/it/documents/18609/~~V
Em breve estarão disponíveis no site www.family2012.com as fotos e vídeos da conferência de imprensa.
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Um namoro diferente leva à santidade
O casal brasileiro: Servos de Deus Zélia e Jerônimo
Por Maria Emília Marega
ROMA, quarta-feira, 02 de maio de 2012(ZENIT.org) – A experiência da vida matrimonial dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo, casal brasileiro do século 19, mostra que é possível ser santo na vida cotidiana correspondendo à vocação ao qual foi chamado.
Jerônimo de Castro Abreu Magalhães nasceu em Magé e Zélia Pedreira Abreu Magalhãesem Niterói. Casaram-seem 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.
Ele engenheiro civil e ela uma jovem letrada, com primorosa formação artística, literária e científica, de modo que aos 14 anos traduziu do italiano para o português, a obra de Cesare Cantu “Il Giovinetto”.
O desejo de Jerônimo e Zélia sempre foi o de agradar a Deus desde o período em que se conheceram, quando na troca de olhar já ficou claro que o namoro deles seria um namoro diferente, declarou Dom Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio; conforme nota da Portalum.
"Zélia e Jerônimo eram muito apaixonados. A vida de oração foi crescendo dentro do coração do casal. Eles educaram seus filhos para Deus, e a Eucaristia era algo que procuravam dar de presente para o povo de Deus que o cercava", destacou.
Desse casamento nasceram 13 filhos, quatro falecidos em tenra idade, os demais (três homens e seis mulheres) abraçaram diferentes ordens religiosas, dentre eles o frei franciscano José Pedreira de Castro, professor de ciências bíblicas que fundou em 1956 um Centro Bíblico e o curso de Sagrada Escritura por correspondência.
Na fazenda onde eles moravam havia uma capela, onde inúmeras vezes ao dia o casal era visto rezando, assim como também seus escravos, que iniciavam o trabalho do dia sempre com oração conduzida por Jerônimo e Zélia no pátio da fazenda.
A pesquisa histórica sobre Jerônimo de Castro Abreu Magalhães e sua esposa Zélia está sendo feita por uma comissão arquidiocesana, instalada no dia 23 de dezembro pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta.
Da década de 30 até a década de 60, avida de Zélia foi bastante conhecida. Sua biografia chegou à sexta edição e foi traduzida em iugoslavo, alemão, francês, espanhol, em italiano, e em português de Portugal.
Atualmente, existem no Brasil em torno de cinquenta causas de beatificação, das quais 25 figura como postulador o Dr. Paolo Vilotta, responsável também pela causa dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo.
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Santa Sé


Que a renovação em Cristo renove também a sociedade
Cardeal Bertone explica a lógica do cristão: não dominar, mas servir
Antonio Gaspari
RÍMINI, quarta-feira, 02 de maio de 2012 (ZENIT.org) - "Nunca se cansem de afirmar a centralidade de Cristo na sua experiência de fé, porque em ninguém mais, a não ser nele, existe salvação", já que "nem a ciência, nem a riqueza, nem o poder salvam".
O cardeal Tarcisio Bertone dirigiu estas palavras a mais de vinte mil pessoas na celebração da Eucaristia deste domingo, 29 de abril, no complexo da Feira de Rímini, onde acontece o encontro de grupos e comunidades da Renovação Carismática italiana, que celebra o seu 40º aniversário de fundação.
Na homilia, o Secretário de Estado do Vaticano explicou que o senhorio "de Cristo é expresso no serviço, cujo símbolo é o lava-pés antes da Última Ceia, quando Jesus disse aos apóstolos: ‘Eu vos dei o exemplo para que, como eu vos lavei os pés, vós façais o mesmo aos outros’".
"Esforcem-se para testemunhar o primado absoluto de Cristo. Porque só em Cristo toda a humanidade pode ser salva e viver".
"Ele ressuscitou para a nossa salvação, nos deu a remissão dos pecados e nos justificou diante de Deus". Por isso, "não cessem de proclamar que Jesus é o Senhor"(1 Coríntios 12 ,3) que nos torna livres de toda tirania".
O Secretário de Estado afirmou que trazer a Renovação de Jesus aos corações das pessoas exige "dinamismo dos fiéis", bem como "a autenticidade e o frescor da fé".
Então, convidou os presentes a continuarem "com renovado fervor a colocar a serviço da comunidade eclesial os seus talentos, através do compromisso alegre, entendido como resposta a um convite de amor feito por Deus".
"Cristo nos chama para fora dos limites do egoísmo, do medo e do pecado, para nos apresentar um caminho de libertação".
O cardeal Bertone voltou depois a atenção para o VII Encontro Mundial das Famílias, em Milão, de 30 de maio a 3 de junho,e manifestou o seu profundo agradecimento à Renovação Carismática na Itália por lançar o Centro Internacional para a Família, em Nazaré, na Terra Santa.
"Encorajo vocês a levarem adiante a sua iniciativa louvável", disse o cardeal. "É um gesto concreto de comunhão eclesial no compromisso da nova evangelização".
Em seu encontro com os jornalistas, Bertone disse que "A renovação interior, a renovação das famílias, o coração da renovação, que é assumir a fé e transformá-la em critério de comportamento, deve expressar-se na vida social, pública, civil. Transformar, renovar as pessoas, mas também renovar as instituições e a sociedade".
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Espírito da Liturgia


Quando celebrar? / 1: O tempo litúrgico (CIC 1163-1165)
Rubrica de teologia litúrgica aos cuidados do Pe. Mauro Gagliardi
Nicola Bux *
ROMA, quarta-feira, 02 de Maio de 2012 (ZENIT.org) - A Igreja celebra a cada ano a redenção realizada por Jesus Cristo, começando pelo domingo, o dia da semana que pega o nome do Senhor Ressuscitado, até culminar com a grande solenidade da Páscoa anual. Mas são todos os mistérios da vida de Cristo que se resumem e se fazem presentes: em que sentido? Se Cristo é contemporâneo a todos os homens em cada época, as suas ações, como Filho de Deus, não são fatos do passado, mas atos sempre presentes em todos os tempos, com todos os seus méritos, que por isso trazem salvação a todos os que fazem memória (cf Catecismo da Igreja Católica [CIC], 1163). As ações de Jesus Cristo são eternas como as suas palavras: comunicam e explicam a vida; por isso não passam, começando pelo ato supremo do seu sacrifício na cruz; isto é representado ou renovado, como diz ainda o Catecismo, porque nunca passou, mas está sempre presente. E nós fazemos memória obedecendo ao chamado d'Ele: "Fazei isto em memória de mim."
Talvez seja crucial entender o conceito de memória para compreender o tempo litúrgico: isso não significa a memória do passado, mas a capacidade do homem, dada por Deus, para entender, em união com o hoje, o passado e o futuro. Na verdade, o homem que perde a memória, não só esquece o passado, mas não compreende que ele está no presente, e muito menos pode projetar-se no futuro.
E depois, na passagem do tempo existem as festas cristãs – festum lembra algo ao qual se participa, nos apressa, se celebra, ou seja há participação numerosa – mas também os dias feriais em que não são necessariamente muitos, também igualmente faz-se memória de Cristo, o qual é hoje e sempre. As festas são em grande medida a continuação e o cumprimento daquelas judaicas, começando pela Páscoa.
Não é suficiente comemorá-las, ou melhor, devemos comemorá-las agradecendo – por isso as festas se celebram essencialmente com a Eucaristia –, mas é necessário também passá-las às novas gerações e trazê-las para a própria vida. A moralidade do homem depende da memória de Deus, diz Santo Agostinho nas Confissões: mais se celebra o Senhor, podemos dizer, mais se torna moral. O tempo litúrgico revela-se assim tempo da Igreja, colocado entre a Páscoa histórica e o advento do Senhor no final dos tempos. O mistério de Cristo, atravessando o tempo, faz novas todas as coisas. Por isso, toda vez que fazemos festa, recebemos a graça que nos renova e nos transforma (cf. CIC, 1164).
Mas no léxico teológico-litúrgico há um advérbio temporal que engloba bem o tempo litúrgico: “hoje”, em latim “hodie”, em grego “kairós”. A liturgia, especialmente nas grandes festas, afirma que Cristo hoje nasceu, hoje ressuscitou, hoje ascendeu ao céu. Não é invenção: Jesus mesmo dizia: “hoje entrou a salvação nessa casa...”, “hoje estarás comigo no paraíso”. Com Jesus, Filho de Deus, o tempo do homem é “hoje”, é presente. É o Espírito Santo que faz isso, com a sua entrada no tempo e no espaço. Na Terra Santa, a liturgia acrescenta também o advérbio de lugar: “aqui”, “hic”. O Espírito de Jesus ressuscitado faz que o homem entre no “agora” de Deus que veio em Cristo e que atravessa o cosmos e a história. Com a citação do Pseudo-Hipólito, o Catecismo lembra que, para nós que acreditamos em Cristo, surgiu um dia de luz, longo, eterno, que não se apagará mais: a Páscoa mística (CIC, 1165).
Começamos por dizer que Jesus é nosso contemporâneo: porque é o Filho de Deus, o Vivente entrado na história. Sem ele o ano litúrgico e as festas litúrgicas estariam vazias de sentido e privadas de eficácia para a nossa vida. “O que significa afirmar que Jesus de Nazaré, vivido entre a Galiléia e a Judéia há dois mil anos, é ‘contemporâneo’ de cada homem e mulher que vive hoje e em cada tempo? Nos explica Romano Guardini, com palavras que permanecem atuais como quando foram escritas: ‘A sua vida terrena entrou na eternidade e de tal forma está relacionada a cada hora do tempo, redimido pelo seu sacrifício ... Naquele que crê realiza-se um mistério inefável: Cristo, que está «lá em cima», «sentado à direita de Deus» (Col 3,1), está também «neste» homem, com a plenitude da sua redenção; porque em cada cristão cumpre-se de novo a vida de Cristo, o seu crescimento, a sua maturidade, a sua paixão, morte e ressurreição, que constitui a sua verdadeira vida’ (R. Guardini, Il testamento di Gesù, Milão 1993, p. 141)” (Bento XVI, Mensagem ao Congresso "Jesus, nosso contemporâneo", 09.02.2012).
O dia de Cristo, o dia que é Cristo, constitui o tempo litúrgico. Qualquer pessoa que o siga, oferece-se a Ele, junta-se ao seu sacrifício vivente com todo o seu coração, faz o trabalho de Deus, ou seja, faz liturgia.
O tempo litúrgico faz presente a dimensão cósmica da criação e da redenção do Senhor, que recapitulou em si todas as coisas, todo o tempo e o espaço. Por isso a oração cristã, a oração daqueles que adoram o Deus verdadeiro, é dirigida para o Oriente, ponto cósmico da aparição da Presença. E o tempo e o espaço litúrgicos foram fixados especialmente na Cruz, à qual dirigir-se para olhar para o Senhor. Como iremos restaurar a percepção do tempo litúrgico? Olhando para Cristo, princípio e fim, alfa e ômega do Apocalipse, que constantemente faz novas todas as coisas. Justamente o simbolismo da Páscoa, com a iluminação do círio, nos lembra isso.
* Don Nicola Bux é Professor de Liturgia oriental em Bari e Consultor das Congregações para a Doutrina da Fé, para as Causas dos Santos, para o Culto divino e a Disciplina dos Sacramentos; e do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.
 [Tradução Thácio Siqueira]
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Em foco


A Palavra que vence as palavras
Cardeal Ravasi envolve a Renovação Carismática no Pátio dos Gentios
Lucas Marcolivio
RÍMINI, quarta-feira, 2 de maio de 2012 (ZENIT.org) - O cardeal Gianfranco Ravasi é um antigo conhecido da Renovação Carismática. Já presente na convocação nacional de 1998, o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura presidiu missa no palco principal da Feira de Rímini, onde o movimento está reunido. A celebração eucarística foi precedida por um discurso catequético de Ravasi.
O cardeal começou recordando a sua amizade com o falecido dom Dino Foglio, coordenador nacional na Itália da Renovação Carismática durante três décadas, e que em 1998 lhe “profetizou”: "Eu gostaria que você participasse na Convocação e vou convidá-lo novamente quando você for cardeal".
O ponto de partida para a reflexão do cardeal foi a seguinte passagem de São Paulo: "Nós falamos com palavras não sugeridas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, exprimindo coisas espirituais de modo espiritual" (1 Cor 2,13).
São Paulo se dirige à comunidade de Corinto, uma grande cidade cosmopolita do seu tempo, mas ao mesmo tempo corrupta e decadente, muito semelhante à civilização ocidental de hoje. Em vez de irradiarem a fé, os coríntios eram "termômetros" que se limitavam a registr a temperatura espiritual do ambiente, adaptando-se passiva e “camaleonicamente” às tendências, que eram tudo, menos virtuosas.
Mas a Palavra é muito maior do que as palavras que ela transcende. As palavras são como pedras, que podem pesar muito nas relações humanas, e, ao mesmo tempo, é surpreendente e paradoxal a sua fragilidade e transitoriedade, aliada à nossa tendência a esquecê-las.
Diferente é a Palavra de Deus, disse Ravasi, revelada por Ele e dotada de extraordinário poder, contrapondo-se ao sentido de “palavra” no grego original, equivalente a pouco mais que uma simples conversa.
O cardeal identifica ainda, na experiência cristã, uma “estrela polar” não redutível a "um sistema de pensamento" ou a um "conjunto de teoremas a ser provado". Na esteira de Pascal, pode-se proclamar que "o último passo da razão é reconhecer que há uma infinidade de coisas que a superam".
A experiência de Cristo é algo concreto, o seu conhecimento é possível, prosseguiu o cardeal. A fé, também, se abre à visão e à contemplação, indo além dos nossos planos e esquemas. O exemplo vivo que se destaca no Antigo Testamento é Jó, quando, voltando-se para Deus, admite: "Eu te conhecia por ouvir dizer" (Jó 42,5).
A transcendência é um elemento essencial do conhecimento de Deus, mas já está presente no relacionamento humano. Apaixonar-se é o exemplo mais óbvio deste fenômeno: quando um homem ama uma mulher, ele não olha mais para o seu rosto com olhar analítico ou "científico", mas com olhar estético e sentimental.
O Espírito Santo é sempre o teste decisivo da presença de Deus no cosmos e na história, e do seu diálogo com o homem. O teólogo ortodoxo Ignatius Hazim dizia: "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, Cristo permanece no passado, o Evangelho é letra morta, a Igreja é uma simples organização, a autoridade é um domínio, a missão é propaganda, o culto é uma encenação e a ação cristã é moralismo. Com ele, no entanto, o cosmos geme em dores de parto, o Cristo ressuscitado está presente, o Evangelho é poder de vida, a Igreja é comunhão trinitária, a autoridade é um serviço libertador, a missão é Pentecostes, a liturgia é memorial e profecia, e a ação humana é deificada".
Na homilia, o cardeal Ravasi ainda pediu aos membros da Renovação: "Abram, derrubem as fronteiras construídas pela sociedade, pela política, pela economia e por outras estruturas, e certifiquem-se de que o Espírito vá além, através da sua voz". O Espírito Santo, de fato, "não gosta de ser trancado em uma caixa. Ele é vento e água".
O cardeal se referiu por fim ao Pátio dos Gentios, a ferramenta cultural que o papa Bento XVI confiou ao seu comando. O pátio é uma realidade que "eu gostaria de confiar também a vocês: eu gostaria que ela fizesse parte do seu compromisso".
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Análise


Internet e Pornografia
Um relatório britânico pede novas medidas
Por Pe. John Flynn, LC
ROMA, quarta-feira, 30 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Foi publicado na Inglaterra, no dia 16 de abril, o relatório final de uma investigação Parlamentar sobre a Proteção Online da Criança. A conclusão é que o Internet Service Provider (ISP) e o governo devem fazer mais para manter as crianças seguras enquanto navegam na rede.
O parlamentar conservador por trás do estudo, Claire Perry, pediu que provedores de Internet ofereçam para os pais uma maneira simples de filtrar conteúdos de adultos.
"Nossa investigação revelou que muitas crianças têm acesso fácil à pornografia através da Internet, bem como a sites que mostram violência extrema ou promovem auto-mutilação e anorexia", disse à BBC no dia 18 de abril.
O relatório começa elogiando os inúmeros benefícios da Internet, mas ao mesmo tempo, detecta a presença de aspectos negativos, entre os quais o fato, sempre mais evidente, de que a Internet tornou-se uma presença, always-on, ativa, fixa, em nossas vidas .
Muitos na indústria da Internet - observa o relatório - dizem que seria melhor instalar em cada um dos computadores controles ou filtros, em vez de fazê-lo a nível de ISP, mas estes dispositivos a nível de filtros têm limitações e muitos pais não os usam. O uso destes filtros diminuiu 10% nos últimos três anos e quase seis em cada dez crianças têm acesso ilimitado.
Como resultado mais e mais crianças têm encontrado, ou pelo menos buscado, material pornográfico. A idade média em que a criança começa a usar a Internet no Reino Unido é de 8 anos e muitas começam sozinhas.
Uma pesquisa do 2008 constatou que o 27% dos meninos usa material pornográfico a cada semana. Outro estudo descobriu que um quarto dos jovens tinha recebido e-mail pornô indesejado ou mensagens instantâneas.
Antes da investigação parlamentar, seja sondagens que testemunhos tinham expressado sérias preocupações com a facilidade de acesso à pornografia e  às imagens muitas vezes violentas e degradantes disponíveis. Além disso, nos últimos tempos a quantidade de conteúdo explícito tem aumentado significativamente.
Dessensibilização
Na pesquisa algumas testemunhas disseram que o uso regular de pornografia insensibiliza as crianças e os jovens para atos violentos ou sexualmente agressivos, reduzindo as inibições, tornando-as mais vulneráveis aos abusos e à exploração. Além disso, a exposição à pornografia leva os jovens desde muito cedo ao envolvimento sexual.
Em outros setores da mídia, governo e indústria privada trabalham juntos para proteger as crianças, através da criação de avaliações de filmes e normas de publicidade.
O relatório, também lamentou o fato de que, com a Internet, qualquer proposta de regular os conteúdos antes do ponto de entrega seja atacada como censura.
Em qualquer caso, algumas medidas positivas foram tomadas, disse o relatório. De outubro deste ano, as quatro principais ISPs britânicas decidiram implementar novos controles em que o consumidor deve escolher ativamente se instala ou não o dispositivo de filtros como parte do account no processo de inscrição.
Embora este seja um passo na direção certa, o relatório apontou que nove em cada dez crianças vivem em casas que já têm acesso à Internet e as empresas não têm planos detalhados para oferecer esse filtro para clientes existentes.
Além disso, não protege todos os dispositivos através dos quais pode-se acessar à rede. Os telefones celulares, de fato, assim como os jogos, os tocadores portáteis de mídia e e-reader, podem facilmente acessar a Internet e cada um destes dispositivos, em uma casa, precisariam portanto de um próprio filtro.
Deve-se acrescentar também o fato de que, sempre de acordo com o relatório, muitos pais têm dificuldade para instalar os filtros e de mantê-los, e podem ser “superados em astúcia” pelas crianças mais expertas na tecnologia.
A pesquisa também descobriu que os aparelhos não são vendidos com configurações de segurança de acesso ativadas como configurações padrão; os revendedores, além do mais, não perguntam nunca se os computadores ou os aparelhos com acesso à internet que estão vendendo, deverão ser utilizados por crianças e não fornecem informações sobre as configurações de segurança.
Um novo sistema
"Uma nova abordagem é necessária" afirma portanto o relatório. A proposta é de um sistema de opt-in, através do qual os clientes poderão optar por receber conteúdo pornográfico, preservando assim a escolha do consumidor, mas que fornece, ao mesmo tempo, conteúdos "limpos" da Internet, de forma a proteger as crianças.
Este sistema já está em vigor para telefones celulares na Grã-Bretanha: a maioria das empresas, de fato, já bloqueou os conteúdos para adultos até a idade da verificação de controle estabelecida pelo cliente, ou seja, mais de 18 anos.
Filtros de rede, que são oferecidos por somente um provedor britânico, TalkTalk, protegem todos os dispositivos que compartilham uma conexão com a Internet e melhoram a proteção para as crianças.
Um único filtro de rede aplica os filtros num nível de conta única, de modo que cada dispositivo conectado a uma única conexão Internet está coberto pelas mesmas configurações. Tais sistemas já estão em vigor em muitas empresas e nas escolas.
Nâo há evidências, afirma em seguida o relatório, que um modelo de opt-in poderia diminuir a velocidade da Internet e as principais objeções ao seu uso parecem ser apenas "ideológicas".
Outra forma de proteção são os chamados whole-network filters, filtros de toda-rede, que excluem conteúdo de todas as contas atendidas pelos provedores de internet. O relatório disse no entanto que é preciso aprofundar e estudar ainda mais esta opção.
Outros tipos de medidas têm sido recomendadas pelo relatório. Estas incluem a melhoria da educação em segurança na Internet; a filtragem de redes públicas de Wi-Fi e uma nova estrutura de regulamentação para os conteúdos online. É necessário ver se o governo vai implementar as recomendações da investigação.
[Tradução Thácio Siqueira]
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Audiência de quarta-feira


Jesus como Senhor da nossa vida diária
Bento XVI na Audiência Geral desta quarta-feira
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 02 de maio de 2012(ZENIT.org) Apresentamos o resumo da catequese de Bento XVI dirigida aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro nesta quarta-feira.
Queridos irmãos e irmãs,
Do testemunho de Santo Estêvão – o primeiro mártir cristão –, podemos tirar algumas lições para a nossa oração e para a nossa vida. Por exemplo, aonde foi ele buscar força para enfrentar os seus adversários até ao martírio? Foi à sua relação com Deus, à meditação da história da salvação, à contemplação do agir de Deus que atingiu o seu ponto culminante em Jesus Cristo. De facto, retomando a oração de Jesus na cruz, Estêvão pede perdão para os seus algozes e reza: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito». Embora seja retomada de Cristo, esta oração é dirigida ao próprio Jesus, que ele contempla glorificado à direita do Pai. Também a nossa oração deve ser contemplação de Jesus como Senhor da nossa vida diária, sentado à direita do Pai. Em Jesus, sob a guia do Espírito Santo, podemos também nós dirigir-nos a Deus com confiança de filhos que se dirigem a um Pai que os ama infinitamente.
* * *
Nesta comunhão com Cristo, dou as boas-vindas aos peregrinos de língua portuguesa, em particular aos grupos brasileiros de Fortaleza e Salgueiro. A todos saúdo e exorto a conhecer melhor e seguir o exemplo de Nossa Senhora neste mês de Maio, que Lhe é especialmente dedicado. Procurai vivê-lo com uma oração diária mais intensa e fiel, em particular pela reza do terço, conforme recomendação da Santa Igreja e desejo repetidamente expresso pela Virgem Maria. A esta exortação, junto os meus votos de todo o bem para vós e vossas famílias, com uma propiciadora Bênção Apostólica.
© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana
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Testemunho


De jovem comunista a sacerdote
Como a Renovação mudou a vida de Fulvio Bresciani
Antonio Gaspari
RÍMINI, quarta-feira, 2 de maio de 2012 (ZENIT.org) - Ele tinha nove anos quando perdeu o pai. A dor o afastou da Igreja. Ele se tornou dirigente da juventude comunista. Começou a se interessar pela Renovação Carismática (RC) para entender como eles faziam para atrair os jovens. Mas o encontro com a oração, com o canto, a amizade com o Espírito, foram abrindo o seu coração. Com pouco mais de vinte e quatro anos, ele entrou no seminário. Como leigo, acompanhou dom Dino Foglio. Como padre, foi secretário do cardeal Tonini. Agora, é o diretor nacional italiano da Juventude da RC.
O pe. Fulvio Bresciani recebeu ZENIT em Rímini neste 30 de abril, durante a Convocação Nacional dos Grupos e Comunidades da Renovação Carismática na Itália.
A perda do pai o afastara de Deus e da Igreja. Fulvio tornou-se um jovem comunista que "realmente acreditava no comunismo", sublinha ele. "Eu estava convencido de que o comunismo iria mesmo mudar o mundo".
Trabalhou duro panfletando pelo comunismo. Tornou-se secretário da Federação Italiana dos Jovens Comunistas, em Brescia. Foi promovido ao secretariado nacional do partido. Estudava como recrutar os jovens. Estava preocupado com os movimentos católicos, que roubavam membros dos comunistas. Tinha que entender como os católicos atraiam os jovens. Foi designado para estudar e espionar a Renovação Carismática. O professor de religião, salesiano, o convidava para as reuniões. Fulvio foi. Queria aprender os seus segredos e acabou conquistado.
Ele foi recebido com carinho. Ninguém lhe perguntou de que lado ele estava. Falaram de Jesus e da revolução cristã. Testemunharam que poderiam viver em amizade fraterna, livres de medos e de ideologias.
O que parecia um conjunto de certezas políticas de aço começou a vacilar. Fulvio ia cada vez menos ao partido e cada vez mais à Renovação. O partido começou a espioná-lo, mas Fulvio não tinha nada para esconder: ele ficara fascinado por Cristo.
Fulvio tornou-se motorista, assessor e amigo de dom Dino Foglio, que estava fundando comunidades da RC por toda a Itália. Durante uma reunião, ele pediu que Fulvio contasse a sua história e depois lançou um apelo para a juventude dar a vida a Cristo. Mais de trezentos jovens se levantaram e começaram a jornada para se tornarem sacerdotes e religiosos. Destes, 190 atingiram o objetivo. Entre eles, uma menina, que entrou nas Irmãzinhas de Jesus de Charles de Foucauld e agora é a superiora geral. A mensagem da RC fascina os jovens. É um carisma que não nasce de um ser humano, e que prepara o caminho para o Espírito Santo trabalhar.
O carisma do movimento é baseado em três atrações: a palavra de Deus, a oração e a alegria. Desde o início, a RC teve confiança na Igreja e nos bispos e paixão pela palavra prática dos sacramentos, pela oração constante e alegre, sem impor nada. "A RC foi criada por uma ação do Espírito Santo, que está na Igreja, e obedece à Igreja", diz Fulvio.
Fulvio fez o serviço militar. Na volta, ia se casar. A data estava marcada. Mas naquele ano, ele compartilhara com os companheiros soldados todo o bem que recebera. Falava de Jesus, dava conselhos e procurava Deus. Muitos que o conheceram se converteram. Formaram família e batizaram os filhos. Fulvio falou com a namorada e explicou-lhe que Deus queria algo mais para ele. E, ao voltar do serviço militar, entrou para o seminário.
De acordo com o padre Fulvio, a tarefa das comunidades da RC não é criar seminários de acordo com a sua própria espiritualidade. É criar comunidades que nutram as vocações. O centro da cultura de Pentecostes da RC se baseia no sacramento da confirmação, porque, afirma o pe. Fulvio: "Se o Espírito está em nós, podemos ser soldados de Cristo a serviço da Igreja".

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