AGENCIA FIDES  01/03/2012
EUROPA/REP. TCHECA - As Pontifícias Obras Missionárias levam um "respiro missionário" à primeira Missa do recém-nomeado Cardeal Dominik Duka
Praga (Agência Fides) - Ao retornar a seu país depois do Consistório durante o qual recebeu o barrete cardinalício, em 25 de fevereiro, o Arcebispo de Praga, Card. Dominik Duka, OP, presidiu uma Missa solene na Catedral de Praga, dedicada a São Vitor, São Venceslau e Santo Adalberto, oferecida à Igreja em seu país, ao mundo e ao Papa Bento XVI. Ao lado do novo Cardeal, concelebraram o Núncio Apostólico na República Tcheca, Arcebispo Giuseppe Lanza, Bispos tchecos e muitos sacerdotes provenientes de outros países. Estavam presentes também membros do Governo.?Segundo informações recebidas pela Agência Fides, os representantes das Pontifícias Obras Missionárias (POM) na República Tcheca se encarregaram de preparar a procissão de dons. Além do pão, do vinho e da água para o sacrifício eucarístico, a procissão das ofertas levou ao altar um coração de pão de gengibre, com a citação de Papa Bento XVI: "A missão é uma questão de amor". Dentro do 'coração' foi colocada uma coroa do Rosário como símbolo da oração dos fiéis pelo Cardeal Duka. As crianças que acompanharam o ofertório trajavam roupas típicas de vários continentes, levando velas e outros símbolos missionários típicos. Estes dons expressaram a resposta de muitas crianças e adultos ao apelo do Papa pelas missões: eles têm no coração um grande desejo de ajudar quem precisa, em todo o mundo. À procissão dos dons uniram-se também as religiosas Franciscanas e outros membros da Direção nacional das POM. O Card. Duka definiu a participação das POM em sua primeira Missa solene depois da nomeação como Cardeal como "uma esperança visível da Igreja". (SL) (Agência Fides 29/02/2012)
ÁFRICA/SUDÃO DO SUL - 75 anos do Bispo Emérito de Torit, uma ocasião para a reconciliação nacional
Juba (Agência Fides) - Mais de 200 hóspedes provenientes de todo o mundo uniram-se no Kuron Peace Village a diversas centenas de fiéis locais para celebrar o 75o aniversario de Dom Paride Taban, Bispo Emérito de Torit, no Sudão do Sul. Segundo nota enviada à Agência Fides, no dia 26 de fevereiro, "mais de 200 hóspedes estrangeiros foram a este ângulo remoto do Sudão do Sul para homenagear esta 'lenda viva'. Diversos voos e dezenas de automóveis os levaram a Kuron, criando uma difícil situação logística para a laboriosa e receptiva população, mas enfim, todos tiveram um leito para dormir e refeições suficientes e ótimas. O próprio Dom Taban dormiu em uma "toposa", uma casa de palha sem portas, e cedeu seu quarto aos hóspedes". Todo o governo do estado de Eastern Equatoria, o governador de Western Equatoria, representantes do estado de Central Equatoria e o Vice-Secretário geral do Movimento de Libertação do Povo Sudanês testemunharam o papel-chave desempenhado por Dom Taban na luta de libertação nacional e na construção da nação. Dom Edaward Hiiboro Kussala, Bispo de Tombura-Yambio, que dirigiu diversos dias desde o distante oeste do Sudão do Sul até Kuron (que se encontra no extremo leste do país), representou a Conferência dos Bispos Católicos do Sudão, e o Vigário-Geral da Arquidiocese de Juba, representou o Arcebispo de Torit, Dom Akio Johnson Mutek, que estava no exterior. Além dos sacerdotes, religiosos e religiosas do Sudão do Sul, estavam presentes amigos, benfeitores e doadores de Nova Zelândia, Canadá, EUA, Países Baixos, Noruega, Bélgica, Irlanda, Reino Unido, Uganda, Quênia e Etiópia. Dom Taban dirigiu um apelo à reconciliação nacional e pediu ao governo que melhore o padrão de vida no país, incrementando os serviços essenciais para a população. O Bispo Emérito de Torit convidou especialmente as comunidades Lou Nuer e Murle, no estado de Jonglei, e os Acholi e Madi, no estado de Eastern Equatoria, à reconciliação: "Amem-se como uma única nação" - exortou. (L.M.) (Agência Fides 29/2/2012)
ÁFRICA/RD CONGO - Assassinado na África do Sul um sobrinho do Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya
Kinshasa (Agência Fides) - Um sobrinho do Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, foi assassinado em Johanesburgo, na África do Sul, na semana passada. Christian Monsengwo, 22 anos, filho de Eddy Monsengwo, irmão do Cardeal, foi morto "em circunstâncias não esclarecidas" (como afirma o site da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo) no último dia 22 de fevereiro, enquanto retornava à sua casa. A família de Eddy Monsengwo, que é médico, mora há muito tempo a África do Sul. "Pode ter sido um homicídio por furto, infelizmente frequentes na África do Sul" - dizem à Agência Fides fontes da Igreja em Kinshasa. Alguns sites da oposição congolesa especulam a respeito de um presumível movente político do crime, ligado às denúncias do Cardeal Monsengwo sobre irregularidades ocorridas nas recentes eleições presidenciais e legislativas congolesas. "No momento, esta hipótese não é demonstrada" - concluem as nossas fontes. O Cardeal Monsengwo encontra-se atualmente em Roma, convidado pelo Santo Padre Benedetto XVI a pregar os Exercícios Espirituais da Cúria Romana por ocasião da Quaresma. (L.M.) (Agência Fides 29/2/2012)
ÁFRICA/NIGÉRIA - Cerca de 100 milhões de nigerianos vivem com menos de um dólar por dia
Abuya (Agência Fides) - Continua a aumentar a pobreza na Nigéria, onde quase cem milhões de pessoas vivem com menos de um dólar (0,75 euro) por dia. Os nigerianos que vivem em condições de pobreza absoluta, ou seja, que satisfazem apenas as necessidades básicas de alimentação, vestuário e moradia aumentaram 60,9% em 2010, com relação aos 54,7% de 2004. Não obstante a economia do país esteja crescendo, aumenta também a pobreza, apesar de o país ser o principal produtor de petróleo do continente. Na Nigéria, a corrupção é muito comum e os políticos, ao invés de se concentrar no desenvolvimento de infra-estruturas e na criação de empregos para a população, dedicaram-se durante décadas a arrecadar dinheiro das exportações de petróleo, vendendo mais de 2 milhões de barris por dia. Embora esteja no sétimo lugar no mundo em reservas de gás, que poderiam gerar eletricidade suficiente para uma cidade europeia de médio porte, mais da metade de seus 160 milhões de habitantes vivem sem luz, e o restante depende dos caros geradores alimentados a diesel, produto controlado por um pequeno grupo de importadores. Segundo dados da Agência Nacional de Estatística, o nordeste e o noroeste do país são as regiões mais pobres, enquanto o sudoeste, onde se encontra Lagos, registra índices de pobreza mais baixos. (AP) (29/2/2012 Agência Fides)
ÁSIA/ÍNDIA - A Igreja: "Orissa aguarda justiça: crimes contra a humanidade cometidos contra cristãos"
Bhubaneswar (Agência Fides) - "A violência dirigida contra os adivasi (tribais) e dalits da comunidade cristã em Orissa viola o direito fundamental à vida, à liberdade e à igualdade, garantido pela Constituição indiana. As foras extremistas hindus usaram as conversões forçadas como um problema ou um truque para a mobilização política, fomentando horríveis formas de violência e discriminação contra os cristãos no distrito de Kandhamal": é o que afirma em uma mensagem enviada à Agência Fides Dom John Barwa, SVD, Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, em Orissa, intervindo sobre a questão - sempre atual - das perseguições contra cristãos em Orissa.?O Arcebispo explica: "Os ataques contra cristãos ocorridos em 2008 em Kandhamal foram muito intensos e executados com um atento planejamento. A violência inclui todos os elementos dos crimes contra a humanidade, assim como definidos pelo direito internacional. Cristãos que se recusavam em abandonar sua fé e converter-se ao hinduismo foram brutalmente mortos ou feridos. Foram incendiadas ou destruídas propriedades como moradias, instituições oficiais, locais de culto". Em quatro anos, a situação não melhorou, frisa Dom Barwa: "Defensores de direitos humanos foram abertamente perseguidos por seu papel de assistência às vítimas e aos sobreviventes em Orissa. Documentos de posse de bens foram destruídos para abaixar o status sócio-econômico dos sobreviventes. As provas dos ataques foram sistemática e meticulosamente destruídas para anular os processos". Hoje, denuncia o Arcebispo, a comunidade sofre consequências terríveis: "A violência teve um forte impacto em mulheres e crianças, nos direitos sócio-econômicos e culturais dos cristãos dalit e adivasi. Continuam as ameaças de violência sexual contra mulheres e suas filhas, aumentando a sensação de vulnerabilidade. Sobre a violência sexual reina o silêncio em vários níveis: de informação, de inquérito, de legalidade. Não há algum sistema para tutelar viúvas e sobreviventes da violência, restituindo-lhes dignidade e liberdade". "O empobrecimento das vítimas de Kandhamal - prossegue a mensagem - teve impacto negativo em crianças, colocando em risco seu desenvolvimento físico, psicológico e intelectual. As crianças não têm instrução e são obrigadas a trabalhar: são vítimas de tráfico para o trabalho forçado, a exploração e abusos sexuais". Outras questões dizem respeito aos refugiados e ao direito de culto: "A violência contra os cristãos causou migrações em grande escala, gerando uma sensação de desorientação nas famílias. A destruição de numerosas igrejas e salas de oração privou as vítimas sobreviventes de seu direito à prática religiosa. Em muitos lugares, a comunidade cristã não pode praticar livremente sua fé e está reduzida a uma condição de cidadania secundária". Neste trágico contexto, conclui o Arcebispo, "o sistema de justiça penal ficou ineficaz: a cumplicidade da polícia e acordos com os agressores, durante o inquérito e a ação penal, indica um preconceito institucional dirigido contra a comunidade cristã tribal. Vítimas e testemunhas envolvidas nos processos são intimidados, pois não existem garantias de tramites seguros de e para os tribunais". (PA) (Agência Fides 29/2/2012)
ÁSIA/PAQUISTÃO - Dois católicos acusados de blasfêmia, agredidos e ameaçados, deixarão o país
Karachi (Agência Fides) - Estão feridos e contundidos gravemente, vivendo escondidos, em risco de vida, esperando fugir do Paquistão: é o destino de Jude Julius, operário católico de Karachi, no Paquistão, e de seu amigo Brian Nadeem. Julius é acusado de blasfêmia, em um caso 'construído' há cerca de um mês, e Brian o ajudou, hospedando-o para protegê-lo da fúria dos fundamentalistas. Identificados, os dois foram linchados e agora tentam deixar o país. Julius, 32 anos, trabalhava em uma fábrica de papel na área industrial de Karachi. Segundo disse a Fides: "No dia 19 de janeiro, depois de terminar o trabalho, meu supervisor me pediu para recolher o lixo e queimá-lo, consciente do fato que os muçulmanos deixam estes serviços para nós, cristãos. Enquanto estava queimando papeis e paineis, o proprietário da fábrica, Mohammad Qudus, passou e viu algumas páginas escritas em árabe na fogueira. Com outros operários muçulmanos, me acusaram de profanar o Corão e iniciaram a me bater. Ao fugir daquela ferocidade, me refugiei na casa do meu amigo cristão Brian Nadeem. Mas um grupo de extremistas da região, guiado por um imã, me descobriu: feriram-nos brutalmente, quase até a morte. Também Brian para eles é blasfemo, porque protegeu um blasfemo". Quando a polícia do lugar chegou, levou os dois a um hospital, ambos gravemente feridos: Julius estava com a perna direita quebrada e graves feridas num olho; Brian tinha fraturas nas mãos, na perna esquerda e contusões em todo o corpo. Os extremistas, enfuriados, registaram uma denúncia por blasfêmia (First Information Report) na delegacia de Korangi e depois organizaram uma "expedição punitiva" ao hospital, para "completar sua obra". As duas vítimas, acusadas, foram transferidas num lugar seguro por membros de uma organização que defende os direitos humanos no Paquistão que, como referiu a Fides, está agora tentando organizar sua fuga do país. (Agência Fides 29/2/2012)
ÁSIA/PAQUISTÃO - Sequestrados dois cristãos no Hospital do Bom Samaritano em Karachi
Karachi (Agência Fides) - Um comando de homens armados sequestrou esta manhã dois cristãos paquistaneses, Symond Andre e Javed Masih, funcionários administrativos no Hospital do Bom Samaritano em Karachi, na província de Sindh. O hospital, que se encontra no subúrbio de Orangi, bairro muito pobre, é administrado por uma Ong coreana. Segundo as primeiras reconstruções da polícia, o grupo armado parou um carro do hospital, em busca de "trabalhadores coreanos", mas, ao não encontrar os estrangeiros, acabou levando os dois cristãos. O episódio provou desconcerto na comunidade cristã da cidade. Pe. Saleh Diego, responsável pela "Comissão Justiça e Paz" da Arquidiocese de Karachi, explica a Fides: "Estamos realmente indignados. Deploramos fortemente este gesto que atinge pessoas que dão vida para curar os doentes e os pobres, para aliviar o sofrimento dos cidadãos paquistaneses, sem qualquer discriminação. É um gesto contra a vida, contra a dignidade humana, contra a legalidade". Em especial, afirma o sacerdote, "esses sequestros são feitos contra pessoas ocidentais ou estrangeiras, que trabalham em Ongs e em obras humanitárias. É uma mentalidade terrível. Segundo os grupos extremistas, os agentes sociais difundem uma cultura anti-islâmica, mas isso é completamente falso. Os cristãos paquistaneses se tornam alvo, pois são associados ao Ocidente, somente porque pedem direitos e dignidade para todos". Pe. Diego prossegue: "Pedimos às autoridades que elucidem esse sequestro, sem demoras, que identifiquem os responsáveis e libertem os sequestrados. Como Igreja local, estamos próximos a todas as pessoas engajadas para a tutela dos direitos e da dignidade humana, para o desenvolvimento e a instrução: são pessoas que ajudam a melhorar a vida da nação. Hoje, rezamos pelos dois fiéis sequestrados e expressamos toda a nossa solidariedade a suas famílias". Roubos e sequestros a fim de extorsão se repetem no Paquistão: as vítimas muitas vezes são vendidas a talibãs ou a pessoas relacionadas com Al Qaeda. A libertação, nesse caso, se torna muito mais difícil. Em janeiro passado, em Multan (no Punjab) foram sequestrados dois agentes humanitários ocidentais, o italiano Giovanni Lo Porto e o alemão Bernd Johannes da Ong alemã "Welthungerhilfe". Os dois estão nas mãos dos talibãs. Entre outros recentes seqüestros foram envolvidos um agente humanitário queniano em Sindh e um inglês da Cruz Vermelha em Quetta. (PA) (Agência Fides 29/2/2012)
ÁSIA/TAIWAN - O Bispo de Tai Nan convida os fiéis à conversão e a adorar Jesus na Eucaristia
Tai Nan (Agência Fides) - "Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15), "Amai Jesus e adorai a Eucaristia": são os dois temas principais tratados por Dom Bosco Lin, Bispo da diocese de Tai Nan, na sua Carta de Quaresma. Segundo o noticiário da Diocese de Tai Nan, na sua Carta Dom Lin reitera o valor e a importância da oração, da misericórdia, do arrependimento, do jejum e das obras de caridade aos seus fiéis, para santificar a própria peregrinação de fé. Em vista do Congresso Eucarístico Internacional de Dublin de junho próximo, Dom Lin convida a adorar a Eucaristia com devoção, aplicando as indicações da Carta Pastoral da Conferência Episcopal Regional de Taiwan de 2012. Entre elas: os sacerdotes são convidados a preparar e a celebrar com cuidado e zelo a Eucaristia; os fiéis leigos são exortados a participarem ativamente da celebração do sacramento de agradecimento e da adoração eucarística; todos devem conhecer, estudar e rezar com a Liturgia das Horas, ajudando os leigos a renovarem o próprio conhecimento do Catecismo da Igreja Católica, levando o Amor de Jesus e o Evangelho ao próximo. Confiando o empenho pastoral da Igreja à intercessão da Virgem e invocando a bênção do Senhor, todos são convidados a "aprofundarem o mistério da fé, viver o Sacramento de agradecimento", para construir a Igreja em Taiwan. (NZ) (Agência Fides 2012/02/29)
AMÉRICA/CUBA - O empenho missionário da Igreja cubana que aguarda o Papa Bento XVI: testemunho do padre Raul Rodriguez
Havana (Agência Fides) - "Em 1986, a Igreja peregrina em Cuba, para celebrar o Encontro Nacional Eclesial Cubano (ENEC), fez a escolha de ser uma Igreja Missionária em meio à realidade social em que vive. Esta opção levou, no decorrer dos anos, muitas comunidades cristãs a fazerem uma experiência missionária da fé. Nessas comunidades, os leigos missionários desempenharam um papel fundamental, de modo especial em muitos vilarejos onde não há uma igreja ou o sacerdote não pode estar presente toda semana". Com essas palavras, padre Raul Rodriguez, Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Cuba, descreve à Agência Fides o empenho missionário da comunidade eclesial que aguarda, a menos de um mês, o Papa Bento XVI. "As Pontifícias Obras Missionárias em Cuba estão empenhadas neste trabalho missionário através da Revista Missionária, fundada em 1999 como resultado da visita do Papa João Paulo II e da formação e da animação feita pelos missionários - prossegue pe. Raul -. Neste momento, as POM, em estreita colaboração com a Comissão Nacional para as Missões, estão trabalhando para aprofundar as motivações da visita do Papa, 'Peregrino da Caridade' nas comunidades cristãs de Cuba, de modo que as comunidades se tornem depois fermento na sociedade". Padre Raul recebeu o batismo em 1978, aos 14 anos, e entrou no seminário cinco anos depois, em 1983. "A minha infância e a primeira adolescência foram vividas numa família muito religiosa, na qual ouvi falar de Deus, aprendi a rezar, mas não era batizado por causa do momento histórico que Cuba vivia - prossegue -. Devo a minha fé aos meus avós. Em muitas famílias cubanas, foram os avós a falar de Deus, mesmo com seu pouco conhecimento e com muito medo: 'acredite em Deus, que é muito bom, mas deve mantê-lo dentro de você, não diga nada a ninguém'. Hoje, o contexto é diferente, mas esses temores estão implantados no coração: levaram à indiferença religiosa e à apatia, ou a permanecer com uma fé adormecida, em busca de proteção. O missionário é chamado a descobrir Deus nas coisas simples da vida todos os dias, a semear em meio a um povo que crê. O povo cubano tem fé, é marcado por uma presença muito forte das religiões populares de tipo animista africano; mas existem também fortes tradições católicas". A Peregrinação nacional da imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, de 8 de agosto de 2010 a 30 de dezembro de 2011, foi vivida como um tempo de bênção e também como um imponente esforço missionário da Igreja, porque a imagem peregrina conseguiu visitar todas as comunidades católicas cubanas. "Foi uma bênção porque se viu um povo que saiu ao encontro da Virgem - comenta pe. Raul -. Em Cuba, realmente se ama a Virgem da Caridade, e através Dela é possível alcançar muitos corações, casas e famílias. Foi um dom de Deus encontrar comunidades cristãs e missionárias que rezaram e trabalharam duro para semear a semente do Evangelho. Além disso, foi um momento para viver a colaboração, o trabalho respeitoso e o diálogo com as autoridades. Este período foi vivido muito intensamente pelo povo. Depois do encerramento, reencontramos a vida de todos os dias, onde é preciso continuar a rezar e a trabalhar". (CE) (Agência Fides, 29/02/2012)
AMÉRICA/PANAMÁ - O diálogo continua entre os grupos, a Igreja mediadora exigente
Cidade do Panamá (Agência Fides) - Num esforço para tornar real e eficaz o diálogo entre o governo e as populações indígenas, contrapostos acerca da nova lei que limita as extrações de minérios e defende os recursos hídricos nos territórios indígenas, o Bispo da Diocese de David e Presidente da Conferência Episcopal do Panamá, Dom José Luis Lacunza, que é mediador da disputa, decidiu ontem encontrar separadamente cada uma das partes antes de iniciar a sessão de diálogo (veja Fides 09/02/2012; 20/02/2012). Mesmo que se saiba pouco do que foi dito, a imprensa local deu destaque para o forte apelo de Dom Lacunza para cada parte demonstre sinais concretos para que se possa alcançar um acordo pelo bem do país. A Agência Fides recebeu uma comunicação do jornal "La Estrella del Panama", onde se destaca que a Igreja reiterou a sua posição, pedindo a cada grupo que mantenha o diálogo: "Onde estamos, para onde estamos indo e qual o custo a pagar para todos os panamenhos se o diálogo for rompido?". A mesma fonte informa que a chefe dos índios deveria dar uma resposta a seu povo antes do meio-dia; do contrário, se voltaria às ruas. Mas o Bispo a convenceu a permanecer à mesa de negociação. Infelizmente, enquanto a Igreja trabalhava pelo diálogo, houve protestos por parte dos índios em 14 locais diferentes. Um grupo de indígenas assediou e manifestou contra o Governo perto da sede da sociedade responsável pelo Projeto Hidroelétrico Barro Blanco, enquanto outro grupo chegou às portas do Palácio Legislativo. Dom José Luis Lacunza pediu, como mediador, a intervenção do ministro Jorge Ricardo Fabrega para investigar os diversos atos de pressão de ambos os lados. (CE) (Agência Fides, 29/02/2012)
AMÉRICA/COLÔMBIA - A Igreja pede ajuda para a população de Gramalote, gravemente atingida por chuvas e pelo terremoto de um ano atrás
Cúcuta (Agência Fides) - A diocese de Cúcuta, que se encontra na parte norte-oriental do país, lançou um campanha para arrecadar fundos em favor da população de Gramalote, destinada a desaparecer por causa das fortes chuvas e do terremoto que se abateu na região alguns meses atrás (veja Fides 20/12/2010). O Bispo da Diocese, Dom Julio Cesar Vidal Ortiz, divulgou que, passados 14 meses da tragédia, ainda existem centenas de famílias que continuam vivendo em condições precárias. Dom Vidal Ortiz sinalizou que, no ano passado, conseguiram comprar 22 hectares de terra onde foi construído um complexo residencial para 20 famílias com os serviços necessários, que lhes permite viver em condições dignas e onde alternam a vida cotidiana com as atividades produtivas. O Bispo está convencido de que, para reforçar o tecido social, é necessário também projetos educativos, de saúde e de segurança alimentar e que, para realizá-los, seja necessária uma aliança entre o público e o privado, onde se crie um sistema de cooperação econômica que permita à população voltar ao seu estilo de vida baseado na agricultura. Atualmente, em diversas paróquias de Cúcuta um dia é dedicado à coleta de fundos para a realização de um novo projeto e para poder transferir ali os habitantes de Gramalote, enquanto se procede com a reconstrução da cidade, que ficou destruída a partir de dezembro de 2010. (AP) (29/2/2012 Agência Fides)

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